Commodities iniciam a semana com pessimismo extremo na CBOT
O que se espera agora é um reteste nas mínimas do ano, inclusive, algumas projeções indicam que os preços da soja na CBOT podem cair até o patamar de U$9 por bushel
Por: Rodrigo Trage
Já do lado da análise técnica as quedas recentes acabam preocupando mais, neste momento a queda de hoje confirmou a perda do suporte e nega categoricamente o rompimento de três semanas atrás, por não haver continuidade no movimento altista.
O que se espera agora é um reteste nas mínimas do ano, inclusive, algumas projeções indicam que os preços da soja na CBOT podem cair até o patamar de U$9 por bushel. Apesar da queda desta segunda-feira, os prêmios da soja se mantiveram firmes.
Produtores podem aproveitar esse momento para travar o prêmio para parte da sua safra e como complemento, para não ficarem descobertos caso algo aconteça com a safra brasileira, podem aproveitar a queda de Chicago para comprar uma participação de alta, via bolsa de valores.
O farelo de soja encerrou estável, com variação positiva de 0,06%. Já o óleo caiu 3,30%, seguindo o ritmo do petróleo que teve queda de 2,13%.
Assim como a soja, o milho também encerrou no negativo e registrou queda de 1,80%. Do lado do fundamento, o relatório de oferta e demanda do USDA teve impacto levemente negativo. Pelo gráfico, o preço confirmou a perda do suporte que estava em U$4,20, sugerindo mais quedas pela frente.
A princípio os preços do milho na CBOT pode ir testar a região emblemática de U$4/bushel e caso não se sustente nesse patamar, terá como objetivo da queda, a mínima do ano em U$3,85. Neste pregão, os futuros de trigo também não conseguiram escapar do mal humor e encerrou com variação negativa de 2,30%.
Além do relatório de oferta e demanda, o futuro do trigo reage a melhora climática na Rússia, retirando parte do prêmio de risco que foi acrescido aos preços nas últimas semanas.
Na B3 o contrato de milho seguiu a queda do exterior e do dólar, operando no negativo durante a maior parte do dia.
Com isso o contrato futuro com vencimento para novembro encerrou o dia com queda de R$1,12 por saca, cotado a R$67,38. Na variação diária o milho teve desvalorização de 1,64%.
Macroeconomia
China volta a falar em novos estímulos, no final de semana o Ministro de finanças da China comentou que devem aumentar as linhas de crédito e auxílio aos desempregados, porém não deu detalhes de quanto será disponibilizado para essa nova fase de estímulos e nem como ou quando será feito.
Principais Variações:
ÁSIA: HONG KONG: -0,75% / SHANGHAI: +2,07%
EUROPA: ITALIA: +1,09%
EUA:SP 500: +0,88% / NASDAQ: +1,03%
BRASIL:IBOVESPA: 0,80%