Indústria
28-03-2024 | 14:13:00
Por: Redação RuralNews
A entidade informou que deve revisar a sua projeção de queda de vendas para o setor, de 15% em 2024, se as indústrias fecharem com um tombo perto de 30% até abril. “Levando em conta fatores econômicos e climáticos, esperamos retração de 15% ao final de 2024. Mas a amostra de janeiro a fevereiro já é superior”, disse o presidente da Câmara Setorial deMáquinas e Equipamentos Agrícolasda Abimaq, Pedro Estevão Bastos. “Se continuar assim, dificilmente conseguiremos uma recuperação no segundo semestre, que tende a ser melhor”, emendou.
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Recentemente, as fabricantes John Deere e AGCO suspenderam a produção de colheitadeiras nas fábricas deHorizontinaeSanta Rosa, respectivamente, e suspenderam os contratos de 1.470 empregados. Na AGCO, cerca de 350 trabalhadores terão o contrato suspenso por dois meses. Na unidade da John Deere, 1,1 mil ficam com contratos suspensos por até cinco meses. O dirigente, porém, não acredita que as paralisações nas fábricas possam afetar a oferta de máquinas no mercado. “Para tratores, há estimativas de que os estoques sejam suficientes para entre quatro e seis meses”, disse o dirigente.
Bastos reconheceu que o setor trabalha com um cenário negativo. Mas lembra que o segundo semestre costuma ser melhor que o primeiro em vendas, com o novo Plano Safra, renegociação de dívidas. “Mas, se continuar caindo 30%, dificilmente o desempenho do segundo semestre compensará as perdas do primeiro”, admitiu.
O executivo observou que as vendas de máquinas e implementos agrícolas estão em queda desde o ano passado, devido principalmente à descapitalização dos produtores de soja e milho. A queda nos preços dos grãos neste ano e as perdas de produtividade por causa do clima prejudicaram ainda mais as intenções de compras dos agricultores, segundo Bastos.
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No primeiro bimestre do ano, as vendas encolheram 29,7%, para R$ 7,6
bilhões. No acumulado de 12 meses, a queda é de 23,1%.
Tratores e colheitadeiras - Na categoria de tratores e colheitadeiras, as vendas totais recuaram 38,1% em fevereiro, para 3.472 unidades. No bimestre, a queda foi de 36,4%, para 6.112 unidades.
As exportações recuaram 44,4% em valor em fevereiro, para US$ 56,8 milhões. No bimestre, a queda foi de 31,7%, para US$ 147,4 milhões.
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As vendas externas de tratores e
colheitadeiras totalizaram 403 unidades em fevereiro, queda de 42,8%. No
acumulado do ano, foram exportadas 906 unidades, redução de 24,4%.
Empregos e exportações - A Abimaq também informou que houve redução de 2,8% no número de empregados nas indústrias de máquinas e implementos agrícolas em fevereiro, para 113,5 mil pessoas.
As exportações de máquinas agrícolas registravam queda nas exportações de 17,7% em fevereiro e de 20% no acumulado do ano.
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As importações tiveram queda de 36,9% em
fevereiro e de 25,7% no acumulado do primeiro bimestre.
Vendas de máquinas agrícolas caem 28,2% em fevereiro
Setor deve rever projeção de queda de vendas, de 15% em 2024, se as indústrias fecharem com retrações de 30% até abril
Por: Redação RuralNews
A entidade informou que deve revisar a sua projeção de queda de vendas para o setor, de 15% em 2024, se as indústrias fecharem com um tombo perto de 30% até abril. “Levando em conta fatores econômicos e climáticos, esperamos retração de 15% ao final de 2024. Mas a amostra de janeiro a fevereiro já é superior”, disse o presidente da Câmara Setorial deMáquinas e Equipamentos Agrícolasda Abimaq, Pedro Estevão Bastos. “Se continuar assim, dificilmente conseguiremos uma recuperação no segundo semestre, que tende a ser melhor”, emendou.
Recentemente, as fabricantes John Deere e AGCO suspenderam a produção de colheitadeiras nas fábricas deHorizontinaeSanta Rosa, respectivamente, e suspenderam os contratos de 1.470 empregados. Na AGCO, cerca de 350 trabalhadores terão o contrato suspenso por dois meses. Na unidade da John Deere, 1,1 mil ficam com contratos suspensos por até cinco meses. O dirigente, porém, não acredita que as paralisações nas fábricas possam afetar a oferta de máquinas no mercado. “Para tratores, há estimativas de que os estoques sejam suficientes para entre quatro e seis meses”, disse o dirigente.
Bastos reconheceu que o setor trabalha com um cenário negativo. Mas lembra que o segundo semestre costuma ser melhor que o primeiro em vendas, com o novo Plano Safra, renegociação de dívidas. “Mas, se continuar caindo 30%, dificilmente o desempenho do segundo semestre compensará as perdas do primeiro”, admitiu.
O executivo observou que as vendas de máquinas e implementos agrícolas estão em queda desde o ano passado, devido principalmente à descapitalização dos produtores de soja e milho. A queda nos preços dos grãos neste ano e as perdas de produtividade por causa do clima prejudicaram ainda mais as intenções de compras dos agricultores, segundo Bastos.
Tratores e colheitadeiras - Na categoria de tratores e colheitadeiras, as vendas totais recuaram 38,1% em fevereiro, para 3.472 unidades. No bimestre, a queda foi de 36,4%, para 6.112 unidades.
As exportações recuaram 44,4% em valor em fevereiro, para US$ 56,8 milhões. No bimestre, a queda foi de 31,7%, para US$ 147,4 milhões.
Empregos e exportações - A Abimaq também informou que houve redução de 2,8% no número de empregados nas indústrias de máquinas e implementos agrícolas em fevereiro, para 113,5 mil pessoas.
As exportações de máquinas agrícolas registravam queda nas exportações de 17,7% em fevereiro e de 20% no acumulado do ano.