Economia
25/01/2024
O cenário pode
eventualmente afetar as exportações brasileiras do agronegócio
para a região, com o principal impacto podendo ser sentido a partir
de fevereiro, alerta Larry Carvalho, advogado especializado em
logística, direito marítimo e agronegócio.
"Os maiores riscos são para nossas exportações de proteína animal, já que o Brasil é grande fornecedor de carne, em especial de frango, para a região, e também para o fluxo comercial de açúcar em contêineres", alerta.
O especialista explica que os ataques tiveram impacto direto no acesso ao Canal de Suez [Egito], ligação mais curta entre o Oriente Médio e a Europa, fazendo com que as companhias marítimas desviassem as embarcações, com destino ao velho continente e aos Estados Unidos para uma rota alternativa por meio da África Austral – mais longa e mais cara - ao exigir o contorno do Cabo da Boa Esperança.
“Os fretes de contêineres já estão mais caros, afetando todos os tipos de importados vindo da China. A situação pode piorar nas próximas duas, três semanas a depender de como ficar a questão operacional e o congestionamento dos portos da Europa, visto que 20% a 30% das cargas com destino ao Brasil provenientes da Ásia passam por esta rota."
Crise no Mar Vermelho pode impactar exportações brasileiras de carnes e açúcar
Ataques dos rebeldes houthis a embarcações na região força mudança nas rotas marítimas globais, exercendo pressão sobre as taxas de frete dos navios
Ronaldo Luiz
A crise no Oriente
Médio, em particular os ataques dos rebeldes houthis do Iêmen a
embarcações no Mar Vermelho, está afetando as rotas marítimas
globais, exercendo pressão sobre as taxas de frete dos navios,
provocando atrasos e escassez de contêineres. "Os maiores riscos são para nossas exportações de proteína animal, já que o Brasil é grande fornecedor de carne, em especial de frango, para a região, e também para o fluxo comercial de açúcar em contêineres", alerta.
O especialista explica que os ataques tiveram impacto direto no acesso ao Canal de Suez [Egito], ligação mais curta entre o Oriente Médio e a Europa, fazendo com que as companhias marítimas desviassem as embarcações, com destino ao velho continente e aos Estados Unidos para uma rota alternativa por meio da África Austral – mais longa e mais cara - ao exigir o contorno do Cabo da Boa Esperança.
“Os fretes de contêineres já estão mais caros, afetando todos os tipos de importados vindo da China. A situação pode piorar nas próximas duas, três semanas a depender de como ficar a questão operacional e o congestionamento dos portos da Europa, visto que 20% a 30% das cargas com destino ao Brasil provenientes da Ásia passam por esta rota."