Cotidiano
16-04-2024 | 9:00:00
Por: Redação RuralNews
Segundo informações preliminares, os dois funcionários estavam realizando trabalhos de limpeza no local quando caíram em uma moega e foram soterrados pelos grãos. A estrutura, do Grupo Uggeri, armazenava 5 toneladas de soja.As vítimas ficaram desaparecidas no interior do armazém por cerca de dez horas. Um equipamento especializado utilizado para auxiliar no resgate dos corpos das vítimas, o que ocorreu às 2h30min de hoje. O esforço para localizar os corpos envolveu bombeiros de Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga.Os dois trabalhadores, identificados como Inácio Fabiano Lopes Leal, de 33 anos, e Marco Andrei Schneiders Lopes, 19, eram naturais de Caibaté, cidade próxima a Mato Queimado. Uma equipe de peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Santo Ângelo foi deslocada para o local do acidente, a fim de investigar as circunstâncias que levaram a essa tragédia e auxiliar nas medidas legais. A Polícia Civil investiga o caso. O Grupo Uggeri lamentou as mortes dos dois funcionários. “Às famílias enlutadas, nosso profundo sentimento de pesar. Nos unimos em solidariedade e apoio nesse momento de imensa tristeza”, diz a nota da empresa.Estruturas perigosas - Os silos e armazéns são estruturas indispensáveis ao armazenamento da produção agrícola e influem decisivamente na sua qualidade. Porém, por sua dimensão e complexidade, podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho, como soterramentos e explosões.Não existe uma estatística oficial, mas um levantamento feito pela BBC News revela que, desde 2009, ao menos 106 pessoas morreram em silos de grãos no Brasil, a grande maioria por soterramento. O estudo apontou que 2017 foi o ano mais mortífero, com 24 ocorrências, alta de 140% em relação ao ano anterior.Em 26 de julho do ano passado, uma explosão em um silo de milho da Cooperativa C. Vale, em Palotina, no Oeste do Paraná, matou dez pessoas (oito haitianos e dois brasileiros) e feriu outros dez empregados. À época, o espaço era usado para armazenar milho e estava localizado em uma área com vários silos, próxima ao centro do município. A detonação ocorreu em um túnel de transporte, enquanto funcionários da cooperativa faziam a manutenção da estrutura.O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concluiu que a explosão foi causada pelo acúmulo de poeira de grãos. A equipe de fiscalização lavrou 26 autos de infração. De acordo com a nota divulgada pelo MTE, a poeira de grãos estava no ar e, também, concentrada no chão, nas paredes e máquinas, dentro dos túneis subterrâneos das esteiras transportadoras de grãos.A poeira pode se tornar um combustível, quando somada à presença de oxigênio e associada a uma fonte de ignição (combustão), que teria lavado à explosão na empresa. O MTE mostrou que outras situações poderiam ter iniciado o acidente na cooperativa paranaense, como um curto nas instalações elétricas precárias ou aquecimento por fricção dos roletes das esteiras transportadoras de grãos e faíscas em motores.Os auditores-fiscais da Inspeção do Trabalho detectaram outras irregularidades na C.Vale, como trabalhadores avulsos que não possuíam capacitação adequada para o trabalho em espaços confinados; falta de supervisão suficiente; excesso de jornada; falta de descanso semanal e vestimentas inadequadas para a área de trabalho.
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Por: Redação RuralNews
Segundo informações preliminares, os dois funcionários estavam realizando trabalhos de limpeza no local quando caíram em uma moega e foram soterrados pelos grãos. A estrutura, do Grupo Uggeri, armazenava 5 toneladas de soja.As vítimas ficaram desaparecidas no interior do armazém por cerca de dez horas. Um equipamento especializado utilizado para auxiliar no resgate dos corpos das vítimas, o que ocorreu às 2h30min de hoje. O esforço para localizar os corpos envolveu bombeiros de Santo Ângelo e São Luiz Gonzaga.Os dois trabalhadores, identificados como Inácio Fabiano Lopes Leal, de 33 anos, e Marco Andrei Schneiders Lopes, 19, eram naturais de Caibaté, cidade próxima a Mato Queimado. Uma equipe de peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP) de Santo Ângelo foi deslocada para o local do acidente, a fim de investigar as circunstâncias que levaram a essa tragédia e auxiliar nas medidas legais. A Polícia Civil investiga o caso. O Grupo Uggeri lamentou as mortes dos dois funcionários. “Às famílias enlutadas, nosso profundo sentimento de pesar. Nos unimos em solidariedade e apoio nesse momento de imensa tristeza”, diz a nota da empresa.Estruturas perigosas - Os silos e armazéns são estruturas indispensáveis ao armazenamento da produção agrícola e influem decisivamente na sua qualidade. Porém, por sua dimensão e complexidade, podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho, como soterramentos e explosões.Não existe uma estatística oficial, mas um levantamento feito pela BBC News revela que, desde 2009, ao menos 106 pessoas morreram em silos de grãos no Brasil, a grande maioria por soterramento. O estudo apontou que 2017 foi o ano mais mortífero, com 24 ocorrências, alta de 140% em relação ao ano anterior.Em 26 de julho do ano passado, uma explosão em um silo de milho da Cooperativa C. Vale, em Palotina, no Oeste do Paraná, matou dez pessoas (oito haitianos e dois brasileiros) e feriu outros dez empregados. À época, o espaço era usado para armazenar milho e estava localizado em uma área com vários silos, próxima ao centro do município. A detonação ocorreu em um túnel de transporte, enquanto funcionários da cooperativa faziam a manutenção da estrutura.O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concluiu que a explosão foi causada pelo acúmulo de poeira de grãos. A equipe de fiscalização lavrou 26 autos de infração. De acordo com a nota divulgada pelo MTE, a poeira de grãos estava no ar e, também, concentrada no chão, nas paredes e máquinas, dentro dos túneis subterrâneos das esteiras transportadoras de grãos.A poeira pode se tornar um combustível, quando somada à presença de oxigênio e associada a uma fonte de ignição (combustão), que teria lavado à explosão na empresa. O MTE mostrou que outras situações poderiam ter iniciado o acidente na cooperativa paranaense, como um curto nas instalações elétricas precárias ou aquecimento por fricção dos roletes das esteiras transportadoras de grãos e faíscas em motores.Os auditores-fiscais da Inspeção do Trabalho detectaram outras irregularidades na C.Vale, como trabalhadores avulsos que não possuíam capacitação adequada para o trabalho em espaços confinados; falta de supervisão suficiente; excesso de jornada; falta de descanso semanal e vestimentas inadequadas para a área de trabalho.