Ciencia e inovação
20-06-2021 | 21:48:00
Automação reduz custos e promove mudança organizacional
Por Paulo Oliveira *
As tecnologias, por outro lado, tiveram, em diversos setores, papel fundamental durante a pandemia para manter os negócios funcionando e, consequentemente, os empregos. No RH, soluções automatizadas e até a terceirização dos serviços trouxeram fôlego financeiro e permitiram uma mudança de cultura, cujo impacto vai além do orçamento.
A automação no RH promove maior integração e produtividade não só nas tarefas inerentes ao departamento, mas nas demais áreas, já que esses mesmos profissionais, ao serem liberados de processos manuais e repetitivos, podem entregar valor estratégico na tomada de decisões importantes em conjunto com outros setores, como marketing, TI e comunicação, por exemplo.
Diante desse cenário, a tecnologia não só mantém a força de trabalho, como a torna mais ágil e produtiva, resultando em eficiência e uma visão holística dos principais gargalos que impedem o crescimento. Envolver todos os colaboradores nas decisões, investir em treinamento e capacitação e, principalmente, liderar pelo exemplo são as mudanças de cultura proporcionadas pela automação.
A segurança da informação também é outro ponto de preocupação das empresas, principalmente com o início das punições previstas pela LGPD. O RH é um dos departamentos que mais lidam com dados sensíveis e automatizar esse processo já não é mais uma questão puramente operacional, mas econômica, já que o impacto financeiro de uma possível violação pode, facilmente, fazer com que até a mais sólida das empresas precise retroceder.
Ainda que as empresas não possam ou não queiram investir em tecnologia, a terceirização vem sendo uma alternativa viável e igualmente econômica, já que permite obter mão de obra qualificada sem ter que desembolsar altos valores. No RH, pode significar redução de custos trabalhistas e tributários, uma vez que obter o auxílio de uma consultoria especializada dispensa a empresa de multas por não conformidade.
Apesar das empresas terem à disposição o que há de mais moderno em tecnologia, o que a transformação digital deve representar é uma mudança de consciência, que permita levar um olhar mais humano à gestão de pessoas, não só baseada nas competências e habilidades técnicas, mas nos valores passados ao cliente, que precisam ser compatíveis com aqueles praticados pela própria organização.
(*) Paulo Oliveira é gerente de marketing da Apdata