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Chuvas no Rio Grande do Sul 01-05-2024 | 9:55:00

RS tem dez mortos e 21 desaparecidos em função da chuva

Os temporais atingiram a Região Metropolitana, Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari e Serra Gaúcha


Por: Redação RuralNews


As chuvas intensas provocaram alagamentos, deslizamentos, destelhamentos e queda de pontes em diversas regiões do Estado. No começo da manhã desta quarta-feira, Dia do Trabalhador, mais de 70 pontos de rodovias federais e estaduais estavam interrompidos totalmente ou parcialmente por queda de barreiras ou água sobre a pista, de cordo com balanço feito pelas Polícia Rodoviária Federal e Batalhão Rodoviário da Brigada Militar.Os temporais atingiram a Região Metropolitana, Central, Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari e Serra Gaúcha. E a chuva deve continuar nos próximos dias. Volumes de chuva em Porto Alegre já passam de 200 mm e não pode se descartar que terminem a semana entre 300 mm e 400 mm, segundo a MetSul Meteorologia.Na rede do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres, os acumulados desde sábado são de 197 mm no bairro Cristal, 187 mm na Serraria, 179 mm no Partenon e 171 mm no bairro Agronomia. As médias de chuva históricas mensais de Porto Alegre pela série 1991-2020 são de 103,3 mm em março; 114,4 mm em abril e 112,8 mm em maio. Ou seja, a média de chuva do outono climático inteiro (trimestre março a maio) é de 330,5 mm.A chuvarada deve causar cheias em Porto Alegre e Região Metropolitana a partir de amanhã. A Defesa Civil cita municípios de Charqueadas, Eldorado do Sul e as ilhas de Porto Alegre como pontos críticos na quinta-feira, quando rios, arroios e pequenos córregos da Região Metropolitana devem ser mais impactados pela chuva registrada em outras áreas do Estado. O alerta da Defesa Civil também cita municípios das bacias do Caí e Taquari como os mais críticos no momento quanto ao nível dos rios. No Vale do Taquari, o município de Estrela é apontado como o ponto de maior perigo, pois o curso d’água está acima da cota de inundação.O Corpo de Bombeiros concentra os esforços em socorrer as pessoas que ficaram alagadas em suas casas. Dois helicópteros da Força Aérea Brasileira estão sendo usados para fazer os salvamentos. Dezenas de ilhados estariam abrigados em forros ou nos telhados das residências esperando o socorro na região do Vale do Rio Pardo, uma das mais castigadas. As aeronaves da FAB tiveram dificuldades para se deslocar, devido as más condições do tempo. O governador Eduardo Leite pediu reforço ao governo federal.Rio atmosférico - A MetSul explica que um rio atmosférico persistente e que vai durar ainda vários dias agrava a situação da chuva extrema no Estado. Um corredor de umidade está configurando, transportando grande quantidade de umidade da região amazônica pelo interior do continente até o território gaúcho, favorecendo precipitações excessivas a extraordinárias por dias seguidos.Há uma grande massa de ar seco e quente persistente com um bloqueio atmosférico no Centro do Brasil, o que faz com que a umidade amazônica seja canalizada por áreas do interior da América do Sul em direção ao Sul até o Rio Grande do Sul e o Uruguai.Como o ar quente tropical avança junto para Sul, forma-se uma combinação explosiva de umidade abundante com atmosfera muito aquecida, o que gera sucessivamente fortes a intensas áreas de instabilidade com volumes de chuva excessivos e temporais isolados com granizo e vendavais.Os dados dos modelos indicam que este rio atmosférico seguirá atuando entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai durante grande parte desta primeira semana de maio, o que explica a manutenção da chuva com volumes excessivamente altos e que fez a MetSul advertir para um quadro de gravidade extrema que vai piorar ainda mais no estado gaúcho com mais enchentes.

TAGS: chuva - temporais - alagamentos - ilhados - Corpo de Bombeiros - El Niño - FAB




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