Arroz 08/05/2024

Consultoria estima perdas entre 800 mil e 1 milhão de ton de arroz no RS

Segundo estimativas da Cogo Inteligência em Agronegócio, a produção de arroz no Rio Grande do Sul deve ter perdas entre 800 mil e 1 milhão de toneladas

As tempestades causaram grandes destruições e impactos negativos no RS, especialmente na produção de arroz

Redação em Cascavel/PR

O Rio Grande do Sul é hoje o principal estado produtor de arroz no Brasil. Em todo o país, a área plantada nesta safra 2023/2024 é de 1,5 milhão de hectares, dos quais 900 mil hectares (60%) estão no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisas do Cepea, as tempestades que atingiram o Estado, além de causaram de grande destruição, trouxeram impactos negativos no mercado do arroz, que travaram as negociações de forma geral. A safra no Rio Grande do Sul estava estimada em 7,5 milhões de toneladas antes das inundações. Quando se iniciaram as enchentes, ainda havia 27% da área a ser colhida, o equivalente a cerca de 2 milhões de toneladas. Segundo a Cogo Consultoria, ainda não é possível estimar com precisão o quanto deste montante está perdido. As projeções iniciais indicam perdas entre 800 mil e 1 milhão de toneladas. "Além das perdas que teremos nas áreas ainda não colhidas, havia estoques de arroz em armazéns das cooperativas, cerealistas e indústrias, boa parte em silos que estão inundados", afirma a os analistas da consultoria

A situação crítica do Estado impossibilita o tráfego entre muitas regiões e a recomendação é reduzir o fluxo de veículos. Assim, produtores seguem avaliando as consequências climáticas sobre as lavouras a serem colhidas, assim como sobre unidades armazenadoras. Pesquisadores do Cepea informam que a liquidez no mercado de arroz em casca foi praticamente nula na última semana. Ainda assim, os preços do cereal se mantiveram firmes, sustentados pela demanda de outros estados, embora sem sucesso nas efetivações.
Escoamento e fretes de estoques em bom estado estão duramente afetados, por tempo indeterminado. Grande parte do acesso às propriedades rurais está afetada. Isso transmite ao varejo a falsa ideia de escassez, gerando demanda acima do normal. E o consumidor procura se estocar com medo de faltar produto.
As exportações devem cair com força este ano, já que o mercado interno tende a ter preços mais atrativos que o externo. Mesmo que as exportações recuem, o que é natural em anos de quebras de safras, o abastecimento estará muito ajustado em 2024.

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