StoneX projeta produção de 3,73 mi de ton de algodão na safra 2025/26

Mato Grosso reduz área enquanto Bahia mantém estabilidade

Apesar do avanço geral, o levantamento mostra que o Mato Grosso deve reduzir sua área total em cerca de 90 mil hectares, o que representa uma queda próxima de 6% em relação ao ciclo anterior. Por outro lado, a Bahia tende a manter sua área cultivada em níveis semelhantes aos do último período. Dessa forma, o equilíbrio entre os dois estados pode sustentar a estabilidade nacional na produção de algodão.

Demanda doméstica ganha força

No mercado interno, a StoneX observa um aumento na expectativa de consumo, sustentado por uma demanda firme. Segundo o analista de Inteligência de Mercado, Raphael Bulascoschi, a combinação entre preços mais baixos das matérias-primas e maior competitividade das indústrias nacionais deve impulsionar a presença das fiações no mercado interno. Além disso, essa conjuntura tende a reforçar a competitividade do setor e a estimular novas oportunidades para a indústria têxtil brasileira.

Revisões elevam safra anterior e mantêm ritmo das exportações

As estimativas de outubro também trouxeram revisões positivas para a safra 2024/25, já colhida. A produção subiu para 4,15 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 150 mil toneladas em relação à projeção divulgada em setembro.De acordo com Bulascoschi, o aumento reflete rendimentos acima do esperado em estados como Bahia e Mato Grosso, além de ajustes pontuais em regiões com menor representatividade.

Por consequência, o balanço de oferta e demanda foi atualizado, acompanhando o avanço da produção e a maior disponibilidade interna. A StoneX manteve a projeção de exportações em 3 milhões de toneladas tanto para 2024/25 quanto para 2025/26. Assim, o Brasil deve continuar com ritmo firme de embarques nos próximos meses e também no início do próximo ano.
Texto publicado originalmente em Destaque