Soja inicia semana com leves ganhos na Bolsa de Chicago

Estimativas do USDA e da Conab

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentou a projeção da safra norte-americana para 117,1 milhões de toneladas, acima dos 116,8 milhões do relatório de agosto. No ciclo anterior, a produção chegou a 118,8 milhões. Além disso, o órgão ajustou para cima a área de plantio.

No Brasil, o USDA manteve as estimativas em 169 milhões de toneladas para a safra passada e 175 milhões para a próxima. Já a Conab elevou sua projeção da colheita de 2023/24 para 171,5 milhões de toneladas, quase 2 milhões acima da previsão de agosto. No ciclo anterior, o volume havia sido de 151,3 milhões. A área semeada somou 47,35 milhões de hectares, alta de 2,7% frente à temporada anterior.

Clima e negociações internacionais

Os preços seguem sustentados pelo clima mais quente e seco nos Estados Unidos, justamente na fase final de desenvolvimento das lavouras. No entanto, a falta de avanço nas negociações entre China e EUA ainda gera cautela entre os agentes do mercado.

Enquanto isso, no Brasil, a queda acentuada do dólar pressiona a formação do preço doméstico. De acordo com a Granoeste, indicações de compra no oeste do Paraná variaram entre R$ 133,00 e R$ 135,00 por saca. Já em Paranaguá, os valores oscilaram entre R$ 143,00 e R$ 145,00, conforme o prazo de pagamento.

Prêmios nos portos brasileiros

Os prêmios nos portos nacionais também refletiram a movimentação da soja. No mercado spot, variaram entre 180 e 195 pontos. Para novembro, ficaram entre 185 e 195. Dessa forma, o cenário mostra tanto a demanda firme quanto a influência das incertezas internacionais.
Texto publicado originalmente em Notícias