Soja 10-11-2025 | 11:25:00

Semana começa com soja em alta em Chicago e avanço no plantio

Cotações sobem em Chicago, enquanto clima irregular afeta o ritmo do plantio e deixa a comercialização mais lenta no Brasil

Por: Camilo Motter

Além disso, o mercado global segue sensível aos desdobramentos entre China e Estados Unidos. No fim de semana, porém, surgiu um sinal favorável: segundo agências internacionais, a China pode liberar licenças para retomar compras, embora sem definição de volumes. Mesmo assim, o governo norte-americano insiste que, no encontro de outubro, os chineses se comprometeram a adquirir 12 milhões de toneladas ainda nesta temporada. Como o produto dos EUA está mais caro do que o sul-americano, a expectativa é de que apenas empresas ligadas ao governo chinês atendam a esse movimento.
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Outro ponto de atenção é a safra norte-americana. A colheita está praticamente finalizada e, agora, o mercado volta as atenções ao relatório de oferta e demanda do USDA, previsto para sexta-feira. Assim, a divulgação deve trazer números capazes de indicar o rumo das cotações nas próximas semanas.
Mercado observa movimentos de Chicago e da China. Foto: Canva


No Brasil, exportações avançam e plantio segue irregular



No Brasil, os embarques seguem firmes. De acordo com a SECEX, o País exportou 6,73 milhões de toneladas de soja em outubro, superando as 4,71 milhões registradas no mesmo mês de 2024. Além disso, no acumulado da estação, os envios atingem 99,5 milhões de toneladas, acima dos 91,4 milhões observados no ciclo anterior.

Quanto ao plantio, o ritmo avança, mas ainda com atraso. Segundo a consultoria Safras, 59,7% da área nacional está semeada, enquanto no mesmo período do ano passado o índice era de 69,1%. A média histórica também é maior, de 67,7%. Já no Mato Grosso, o Imea aponta percentual mais acelerado, com 86,7% da área já plantada. As irregularidades climáticas explicam o atraso; porém, as chuvas recentes devem acelerar os trabalhos e melhorar o desenvolvimento das áreas já implantadas.

No mercado interno, a comercialização continua lenta. Os produtores priorizam o plantio e, ao mesmo tempo, aguardam oportunidades de preço mais atrativas na entressafra. Nos portos, os prêmios variam entre 75/90 cents no spot e entre 10/60 cents para janeiro. Para a safra nova, compradores trabalham em campo negativo.

No oeste do Paraná, as indicações de compra vão de R$ 130,00 a R$ 133,00. Em Paranaguá, os preços estão entre R$ 140,00 e R$ 141,00, dependendo do prazo de pagamento e das condições de embarque. Assim, a Granoeste reforça que o produtor segue cauteloso diante das incertezas climáticas e de mercado.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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