Preço do feijão sobe na segunda semana de setembro

Feijão carioca de alta qualidade

O preço do feijão carioca (notas 9 ou superior) se manteve firme devido ao clima desfavorável, ao fim da colheita em regiões produtoras e a estratégias de armazenamento. Lotes com coloração clara e teor adequado de umidade atraíram maior interesse da indústria.

As maiores altas ocorreram em Itapeva (SP), com aumento de 4,68% e saca a R$ 248,53; no Leste Goiano, +4,72% e R$ 209,56; no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, +4,54% e R$ 212,00; e no Noroeste de Minas, +4,06% e R$ 222,69. Em algumas regiões, os preços se aproximam das médias acumuladas desde setembro de 2024, como Itapeva (R$ 257,71) e Triângulo Mineiro (R$ 227,56).

Feijão carioca intermediário

Para os lotes intermediários (notas 8 e 8,5), a demanda também permaneceu ativa, atendendo principalmente o varejo. No Sul Goiano, os preços subiram 9,14%, chegando a R$ 207,82, e em Itapeva (SP) houve alta de 7,39%, com saca a R$ 231,82.

Em Curitiba (PR) e região de Castro, os preços ficaram estáveis, em R$ 187,97. Na Metade Sul do estado, houve aumento de 2,82%, para R$ 183,57. As médias acumuladas seguem em R$ 193,93 em Curitiba e R$ 211,01 em Itapeva.

Feijão preto Tipo 1

O feijão preto apresentou alta pontual, puxada pela retomada da demanda. Em Curitiba, a saca subiu 5,69%, de R$ 127,21 para R$ 134,45. Na Metade Sul do Paraná, a valorização foi de 2,15%, chegando a R$ 124,27. No Nordeste do Rio Grande do Sul, o preço caiu 3,01%, para R$ 114,37. Apesar do avanço, os valores seguem baixos em termos históricos.

De acordo com o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, o adiamento dos leilões de Pepro e PEP, previstos agora para 17 e 18 de setembro, aumenta a expectativa do setor. No entanto, ainda há dúvidas sobre o impacto real dessas operações no mercado, principalmente para o feijão preto.
Texto publicado originalmente em Notícias