Mercado imobiliário já sente impactos da tarifa de 50% dos EUA
O mercado imobiliário sente os impactos da tarifa de 50% dos EUA com retração de investimentos e cautela entre compradores
Por: Redação RuralNews
Setor imobiliário observa cautela entre investidores
Segundo corretores que atuam no litoral catarinense, investidores têm adiado aquisições devido à instabilidade gerada pelas perdas previstas no agronegócio e na indústria da transformação. Além disso, o agronegócio, em especial, é um dos principais compradores de imóveis de luxo no Brasil, sendo responsável por boa parte da demanda em regiões valorizadas como Balneário Camboriú.

Tarifa de 50% dos EUA gera instabilidade e freia investimentos em imóveis de alto padrão no Brasil. Foto: Canva
Por outro lado, dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mostram que as exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 82,0 bilhões no primeiro semestre de 2025. O complexo soja liderou, com US$ 30,3 bilhões (36,9% do total), seguido pelas carnes, com US$ 14,0 bilhões (17%). No entanto, com a tarifa de 50% dos EUA, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima perdas de até US$ 5,8 bilhões ainda neste ano, o que pode pressionar a balança comercial e afetar o desempenho econômico do país.
Diante desse cenário, muitos compradores preferem aguardar antes de fechar negócios de alto valor. Ainda assim, especialistas destacam que o mercado imobiliário segue atrativo a longo prazo, pois representa uma forma de proteção patrimonial em tempos de incerteza.
Imóveis de luxo em cidades com alta valorização, como Balneário Camboriú, podem alcançar até 30% de valorização ao ano. Portanto, a expectativa é de que, mesmo com um ritmo mais cauteloso, o mercado siga com liquidez elevada e forte procura.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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