IDR-Paraná orienta produtores sobre riscos de geadas com chegada de massa polar
Uma forte massa de ar polar chega ao Paraná e pode provocar queda acentuada nas temperaturas
Por: Redação RuralNews
Para ajudar a minimizar os danos, o IDR-Paraná recomenda que produtores adotem medidas específicas. No caso do café, para os plantios mais jovens, com até seis meses, é importante enterrar as mudas para protegê-las do frio. Viveiros precisam ser protegidos com múltiplas camadas de plástico ou aquecidos, podendo ser adotadas as duas estratégias juntas. Já para as plantações entre seis meses e dois anos, a recomendação é amontoar terra até o primeiro par de folhas no tronco, mantendo essa proteção até meados de setembro.
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Na pecuária leiteira, o frio intenso reduz a disponibilidade de pastagem, principal fonte de alimento dos rebanhos. Por isso, é fundamental reforçar a alimentação com volumosos, como feno, e concentrados, que ajudam os animais a manter a temperatura corporal e compensar o gasto energético extra. As bezerras recém-nascidas, que ainda não regulam bem a temperatura, precisam ficar em ambientes cobertos, livres de vento, com o piso forrado de feno e, se possível, receber aquecimento adicional, como mantas ou roupinhas feitas artesanalmente. Vacas próximas ao parto devem ser mantidas em locais protegidos, e a atenção deve ser redobrada durante a noite para garantir que os bezerros sejam secos e aquecidos logo após o nascimento.
Já na pecuária de corte, a falta de pastagem, agravada por estiagens e geadas, torna importante o uso de suplementação alimentar com silagem, feno e concentrados. O produtor deve planejar essa suplementação considerando os custos mais elevados. Em regiões mais frias, o cultivo de gramíneas de inverno, que toleram melhor o frio, pode ser uma alternativa viável.
Na fruticultura, é recomendável evitar o uso de reguladores de crescimento para quebra de dormência e adotar técnicas de aquecimento, como a queima controlada para gerar fumaça, além de manter a irrigação e as áreas limpas para reduzir os danos causados pelas baixas temperaturas. Para hortaliças, a proteção pode ser feita por meio do cultivo protegido em estufas, com fechamento adequado das laterais. Também é indicado suspender a irrigação alguns dias antes do frio intenso para evitar o congelamento das folhas e fazer aquecimento controlado dentro das estufas, monitorando a temperatura durante a noite.
Nas plantações a céu aberto, a proteção é mais difícil, mas o uso de mantas de TNT sobre os canteiros, aquecimento com fumaça e pulverizações foliares com soluções salinas podem ajudar a reduzir o ponto de congelamento das folhas se aplicados com antecedência. Para o milho, as opções de proteção são limitadas, por isso é importante respeitar o zoneamento climático, plantar na época recomendada e manter as lavouras devidamente seguradas para garantir a cobertura do seguro rural e minimizar riscos.
O serviço de Alerta Geada, criado inicialmente para proteger os cafezais recém-plantados, hoje cobre diversas atividades agropecuárias, como avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, além de beneficiar setores como turismo, comércio e construção civil. Durante o período de vigência do alerta, os pesquisadores do IDR-Paraná e Simepar divulgam boletins diários com informações sobre as condições climáticas e a evolução das massas de ar polar. Sempre que há previsão de frio com potencial de causar danos, um alerta é emitido com antecedência para que os produtores e demais setores possam se preparar.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Na pecuária leiteira, o frio intenso reduz a disponibilidade de pastagem, principal fonte de alimento dos rebanhos. Por isso, é fundamental reforçar a alimentação com volumosos, como feno, e concentrados, que ajudam os animais a manter a temperatura corporal e compensar o gasto energético extra. As bezerras recém-nascidas, que ainda não regulam bem a temperatura, precisam ficar em ambientes cobertos, livres de vento, com o piso forrado de feno e, se possível, receber aquecimento adicional, como mantas ou roupinhas feitas artesanalmente. Vacas próximas ao parto devem ser mantidas em locais protegidos, e a atenção deve ser redobrada durante a noite para garantir que os bezerros sejam secos e aquecidos logo após o nascimento.

Equipe técnica do IDR-Paraná monitora a chegada da massa de ar polar e orienta os produtores para prevenir danos causados pelo frio intenso. Foto: Canva
Já na pecuária de corte, a falta de pastagem, agravada por estiagens e geadas, torna importante o uso de suplementação alimentar com silagem, feno e concentrados. O produtor deve planejar essa suplementação considerando os custos mais elevados. Em regiões mais frias, o cultivo de gramíneas de inverno, que toleram melhor o frio, pode ser uma alternativa viável.
Na fruticultura, é recomendável evitar o uso de reguladores de crescimento para quebra de dormência e adotar técnicas de aquecimento, como a queima controlada para gerar fumaça, além de manter a irrigação e as áreas limpas para reduzir os danos causados pelas baixas temperaturas. Para hortaliças, a proteção pode ser feita por meio do cultivo protegido em estufas, com fechamento adequado das laterais. Também é indicado suspender a irrigação alguns dias antes do frio intenso para evitar o congelamento das folhas e fazer aquecimento controlado dentro das estufas, monitorando a temperatura durante a noite.
Nas plantações a céu aberto, a proteção é mais difícil, mas o uso de mantas de TNT sobre os canteiros, aquecimento com fumaça e pulverizações foliares com soluções salinas podem ajudar a reduzir o ponto de congelamento das folhas se aplicados com antecedência. Para o milho, as opções de proteção são limitadas, por isso é importante respeitar o zoneamento climático, plantar na época recomendada e manter as lavouras devidamente seguradas para garantir a cobertura do seguro rural e minimizar riscos.
O serviço de Alerta Geada, criado inicialmente para proteger os cafezais recém-plantados, hoje cobre diversas atividades agropecuárias, como avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, além de beneficiar setores como turismo, comércio e construção civil. Durante o período de vigência do alerta, os pesquisadores do IDR-Paraná e Simepar divulgam boletins diários com informações sobre as condições climáticas e a evolução das massas de ar polar. Sempre que há previsão de frio com potencial de causar danos, um alerta é emitido com antecedência para que os produtores e demais setores possam se preparar.
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