Governo libera R$ 67 milhões para apoiar comercialização do trigo no Paraná e no RS

O pedido começou no Sindicato Rural de Coronel Vivida e seguiu fortalecido pelo Núcleo Regional do Sudoeste. Depois, avançou para Brasília com apoio técnico e político do Sistema FAEP. O deputado federal Sergio Souza também participou das articulações.
De acordo com o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, a decisão confirma o impacto da mobilização rural. “Esse resultado mostra a força e união das lideranças do Paraná. Seguimos atuando para garantir renda, competitividade e segurança ao produtor”, afirma.

Mercado opera abaixo do preço mínimo

A medida busca reforçar a renda dos agricultores dentro da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM). No fim de outubro, a saca de 60 quilos de trigo no Paraná foi cotada a R$ 64,10, de acordo com a Seab. Porém, o preço mínimo para a região Sul é de R$ 78,51 por saca (tipo 1). Ou seja, a diferença de 19% coloca pressão direta sobre o produtor e não cobre o custo variável da produção, conforme dados da Conab.

Como funcionam Pepro e PEP?

Os leilões serão executados por meio dos mecanismos do Pepro e, quando necessário, do PEP. Ambos se ativam quando o preço do trigo cai abaixo do mínimo. No Pepro, o governo complementa a diferença de valor ao produtor. No PEP, o apoio ocorre para garantir o escoamento do produto para outros mercados, reduzindo a oferta local e evitando queda ainda maior nos estados produtores.

Como participar dos leilões?

Os produtores podem participar por meio do Sistema de Comercialização Eletrônica da Conab (Siscoe). Para isso, precisam estar cadastrados em uma Bolsa de Mercadorias credenciada e no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais e demais Agentes (Sican). Além disso, é necessário estar regular no Sircoi, no Sicaf e no Cadin.
Texto publicado originalmente em Notícias