Economia 18-12-2025 | 16:37:00

Crédito para investimento agrícola avança 26% em MS em novembro

Produtores de Mato Grosso do Sul ampliaram investimentos em novembro, impulsionados pelo uso de crédito fora das linhas oficiais do Plano Safra

Por: Redação RuralNews

Apesar do avanço, os produtores recorreram majoritariamente a operações fora dos programas oficiais de crédito rural. Ao todo, cerca de R$ 138,4 milhões vieram de contratos sem fomento governamental. Esse movimento, portanto, reforça um cenário de maior seletividade e restrição no acesso ao crédito oficial.
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Segundo o economista da Aprosoja/MS, Mateus Fernandes, o aumento do volume de crédito para investimento fora das linhas oficiais ocorre, principalmente, em função da limitação de recursos e das dificuldades de acesso às linhas equalizadas do Plano Safra. Além disso, a necessidade de manter os investimentos levou muitos produtores a buscar alternativas no mercado financeiro.

Nesse contexto, o crédito livre oferece maior agilidade na contratação. No entanto, ele também impõe taxas de juros mais elevadas, o que amplia o custo financeiro das operações. Assim, o movimento reflete um ambiente de crédito mais restritivo e seletivo, tanto para produtores quanto para instituições financeiras.

Armazenagem lidera uso das linhas programadas



Entre os programas oficiais, o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) concentrou aproximadamente R$ 36,3 milhões em novembro. Além disso, os produtores também acessaram linhas como ABC/RenovAgro, Pronaf Investimento e Pronamp ao longo do mês.

Esses investimentos demonstram uma estratégia voltada à mitigação de gargalos logísticos. Ao mesmo tempo, eles contribuem para reduzir a dependência de terceiros e fortalecer o poder de negociação na comercialização da safra. Ainda assim, o desempenho positivo do investimento não se repetiu nas demais modalidades de crédito.

No comparativo anual, as operações de custeio registraram queda de 29%, enquanto as de comercialização recuaram 43%. Dessa forma, os números evidenciam uma postura mais cautelosa dos produtores em relação ao financiamento da produção e à venda antecipada da safra.

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Texto publicado originalmente em Destaques
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