Conferência RTRS 2025 evidencia avanços da soja responsável
Conferência RTRS 2025 reuniu produtores, indústria e sociedade civil para debater soja responsável
Por: Redação RuralNews
O encontro ocorreu no Expo Center Norte, em São Paulo, com a VICTAM Latam como patrocinadora anfitriã e apoio de ACT, Bunge, SLC e Koppert. A programação incluiu palestra principal, seis painéis, 28 palestrantes e diversas sessões de networking, conectando produtores, indústria, reguladores, sociedade civil e instituições financeiras.
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Durante os painéis, especialistas discutiram desafios e oportunidades da soja responsável frente a novas demandas de mercado e marcos regulatórios, como o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR).
Além disso, eles destacaram práticas de agricultura regenerativa, mercados de carbono e rastreabilidade por meio de plataformas digitais. Também analisaram regulamentações que influenciam a competitividade.
Adicionalmente, os debates abordaram certificações voluntárias, inovação em logística e integração das cadeias de valor. Os participantes observaram tendências globais, com atenção especial ao mercado chinês e ao crescimento da aquicultura como segmento estratégico.
“O trabalho da RTRS conecta produção, comércio e consumo com transparência. A certificação internacional garante rastreabilidade e valoriza o esforço dos produtores”, afirmou Juan Carlos Cotella, vice-presidente da RTRS.
Atualmente, a RTRS reúne 54.500 produtores certificados em seis países e mais de 430 sites de Cadeia de Custódia em 15 países. Em 2024, a produção certificada atingiu 6,8 milhões de toneladas, enquanto a comercialização física cresceu 102%, chegando a 900 mil toneladas. Em 2025, a expansão já registra 15%.
O Brasil lidera com 80% da produção responsável certificada, seguido pela Argentina com 12%. Além disso, a demanda por soja física certificada é puxada por Equador, Chile e Peru, onde a aquicultura representa 10% da soja certificada globalmente.
Globalmente, em 2024, empresas adotaram 7,4 milhões de toneladas de material RTRS em 32 países. Portanto, a soja certificada representa pouco mais de 2,8% da produção mundial, maior proporção entre esquemas similares.
A estratégia “Rumo a uma transição regenerativa”, aprovada em Lucerna (Suíça) em junho, orienta o trabalho da RTRS até 2027. Seus quatro pilares incluem liderança de pensamento, melhor experiência para membros, certificação mais competitiva e impacto ampliado no mercado.
Além disso, Cotella ressaltou que comunicar o valor da produção responsável e integrar o milho como cultivo estratégico é essencial. Ele destacou, ainda, a necessidade de fortalecer a governança da RTRS para manter sua relevância frente a mercados exigentes e regulamentações rigorosas.
O lema da edição 2025, “Dar forma a soluções para um futuro sustentável”, incentivou todos a transformar discurso em ação. Cotella concluiu: “A soja deixou de ser commodity e se tornou catalisador de transformação. Produtores, indústrias, consumidores e sociedade civil: todos devem agir para tornar a produção responsável a norma, não a exceção”.
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Texto publicado originalmente em Notícias
Agricultura regenerativa e rastreabilidade

As discussões abordaram os principais desafios e oportunidades da soja responsável diante das novas demandas de mercado. Foto: RTRS /Ruy Hizatugu
Durante os painéis, especialistas discutiram desafios e oportunidades da soja responsável frente a novas demandas de mercado e marcos regulatórios, como o Regulamento de Desmatamento da União Europeia (EUDR).
Além disso, eles destacaram práticas de agricultura regenerativa, mercados de carbono e rastreabilidade por meio de plataformas digitais. Também analisaram regulamentações que influenciam a competitividade.
Adicionalmente, os debates abordaram certificações voluntárias, inovação em logística e integração das cadeias de valor. Os participantes observaram tendências globais, com atenção especial ao mercado chinês e ao crescimento da aquicultura como segmento estratégico.
“O trabalho da RTRS conecta produção, comércio e consumo com transparência. A certificação internacional garante rastreabilidade e valoriza o esforço dos produtores”, afirmou Juan Carlos Cotella, vice-presidente da RTRS.
Crescimento da certificação RTRS
Atualmente, a RTRS reúne 54.500 produtores certificados em seis países e mais de 430 sites de Cadeia de Custódia em 15 países. Em 2024, a produção certificada atingiu 6,8 milhões de toneladas, enquanto a comercialização física cresceu 102%, chegando a 900 mil toneladas. Em 2025, a expansão já registra 15%.
O Brasil lidera com 80% da produção responsável certificada, seguido pela Argentina com 12%. Além disso, a demanda por soja física certificada é puxada por Equador, Chile e Peru, onde a aquicultura representa 10% da soja certificada globalmente.
Globalmente, em 2024, empresas adotaram 7,4 milhões de toneladas de material RTRS em 32 países. Portanto, a soja certificada representa pouco mais de 2,8% da produção mundial, maior proporção entre esquemas similares.
Estratégia e futuro da RTRS
A estratégia “Rumo a uma transição regenerativa”, aprovada em Lucerna (Suíça) em junho, orienta o trabalho da RTRS até 2027. Seus quatro pilares incluem liderança de pensamento, melhor experiência para membros, certificação mais competitiva e impacto ampliado no mercado.
Além disso, Cotella ressaltou que comunicar o valor da produção responsável e integrar o milho como cultivo estratégico é essencial. Ele destacou, ainda, a necessidade de fortalecer a governança da RTRS para manter sua relevância frente a mercados exigentes e regulamentações rigorosas.
O lema da edição 2025, “Dar forma a soluções para um futuro sustentável”, incentivou todos a transformar discurso em ação. Cotella concluiu: “A soja deixou de ser commodity e se tornou catalisador de transformação. Produtores, indústrias, consumidores e sociedade civil: todos devem agir para tornar a produção responsável a norma, não a exceção”.
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Texto publicado originalmente em Notícias
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