Bombeiros resgatam égua presa no terceiro andar de prédio

A operação de resgate, que começou por volta das 12h, envolveu cerca de 15 pessoas do2º Batalhão de Bombeiro Militar. e bombeiros de outros quatro estados O animal foi içado e retirado por uma janela. Ainda não há informações sobre o local para onde o equino foi encaminhado. A princípio, os socorristas não sabiam dizer como o animal chegou lá. Como a água não atingiu a altura do imóvel, existia a hipótese de que alguém tivesse colocado a fêmea no local ou que ela se abrigou por conta no apartamento e foi subindo as escadarias conforme o nível na região da água aumentava.





Os agentes alimentaram o animal e providenciaram água ao equino. “Provavelmente, em uma forma de alcançar um local seguro, o cavalo deve ter subido pela escadaria do prédio, conforme a água ia avançando, e ficou preso de certa forma nesse apartamento”, explicou o capitão Gularte, do Corpo de Bombeiros. O mistério foi desfeito pouco depois.





O dono do animal, identificado como Dirceu Matias, o colocou lá para protegê-lo durante a enchente. Além da égua, havia dois bois no condomínio. Matias explicou que inicialmente os animais foram abrigados no segundo andar, porém, com o aumento do nível da água, precisaram ser transferidos para o terceiro andar. Desde domingo, Matias está abrigado na Escola Municipal Clodomir Vanna Moog.A cena lembrou o caso do cavalo Caramelo, que comoveu o Brasil.





O animal, um macho de sete anos, ficou ilhado por quatro dias em um telhado na cidade de Canoas, também devido às fortes chuvas, e foi resgatado na última quinta-feira. Caramelo teve quadro de desidratação e ainda precisa recuperar o peso que perdeu durante o período em que ficou ilhado.O volume de chuvas que atingiu a região é inédito na história de São Leopoldo.





O nível do rio dos Sinos pode subir ainda mais, alcançando os 8,08 metros registrados no pico da enchente no último final de semana, a maior da história local.Pelo menos 100 mil pessoas estão fora de casa no município após as chuvas. Segundo o prefeito Ary José Vanazzi (PT-SR), a cidade enfrenta uma “situação de guerra absoluta”. Ele relatou que 34 mil casas estão totalmente submersas e mais de 12 mil pessoas estão desabrigadas em abrigos na cidade.






Texto publicado originalmente em Notícias