Aprosoja MT alerta para impactos da Tabela de Fretes no setor

Durante o encontro, o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, destacou que o tabelamento mínimo de frete e as novas fiscalizações geram impactos diretos para toda a cadeia produtiva. Além disso, os consumidores também sentem os efeitos.
“O tabelamento de frete encarece o transporte de fertilizantes e de calcário, que geralmente é um frete de retorno. Isso aumenta os custos de produção e desestimula a atividade. Esse efeito é ainda mais forte em um momento de juros altos e baixa rentabilidade. Além disso, o frete impacta diretamente o dia a dia. Alimentos, vestimentas e até medicamentos ficam mais caros, tanto no transporte para a indústria quanto da indústria para o varejo. Trata-se de um protecionismo que afeta toda a população, e o custo sairá do bolso do produtor e do cidadão”, afirmou.

Modernização logística é essencial

O presidente também reforçou a necessidade de políticas que incentivem a modernização da infraestrutura logística do país. Ele lembrou que o modelo atual penaliza produtores e caminhoneiros autônomos.

“Nós estamos pagando por uma grande ineficiência em planejamento e estratégias de modais de transporte modernos. Como não evoluímos, a conta sempre recai sobre o setor produtivo. Consequentemente, a sociedade também paga mais caro. No fim, o maior prejudicado é o caminhoneiro autônomo”, explicou Lucas Costa Beber.

O debate contou ainda com a participação do senador José Lacerda e representantes de diversas entidades do setor produtivo.

A Aprosoja MT segue acompanhando as discussões sobre a Tabela de Fretes. Além disso, reforça que um ambiente de livre mercado é essencial para garantir competitividade, eficiência e equilíbrio na cadeia de transporte de cargas.
Texto publicado originalmente em Destaques