Trigo
11-07-2022 | 17:21:00
Por: Redação RuralNews
Trigo: nova projeção para São Paulo aponta produção de 300 mil ton
Safra ainda pode atingir as 400 mil toneladas previstas inicialmente, contabilizando o cultivo dos cerealistas independentes no estado
Por: Redação RuralNews
De acordo com o Presidente da Câmara Ruy Zanardi, essa queda está relacionada, principalmente, à não contabilização dos dados de produção de cerealistas independentes, sem ligação com as cooperativas do estado. “Ainda acreditamos que podemos atingir as 400 mil toneladas previstas inicialmente, com a integração das safras dos produtores que não estão vinculados a nenhuma organização”.
O quadro apresentado pelas quatro maiores cooperativas do estado indicou que o clima foi favorável para o desenvolvimento inicial do trigo, sendo as chuvas no momento ideal um dos principais fatores para este feito. “Além da contribuição do clima, o manejo correto no plantio também ajudou a desenvolver o cereal já cultivado desta safra”, completa Zanardi.
Apesar de ter contribuído de forma positiva num primeiro momento, as condições climáticas previstas para os próximos meses causam preocupação para a cadeia do trigo paulista. “A expectativa é de seca para esse início de segundo semestre. Isso pode comprometer o desenvolvimento final do cereal uma das fases mais importantes do cultivo”, explica.
Contexto do mercado de trigo
O cenário atual do mercado de trigo também foi discutido durante a reunião da Câmara Setorial. Durante a apresentação do Head de Trigo da SODRUGESTVO Douglas Araújo, o profissional traçou um panorama global e brasileiro sobre o cereal. “Numa visão de macroambiente, em que o mundo apresenta o menor estoque de trigo em seis anos, fatores como pandemia e recessão produziram o contexto que nos encontramos hoje”.
“Em contrapartida, o Brasil expandiu a sua produção e capacidade de exportação de trigo, por produzir um cereal competitivo e de qualidade. De todo modo, o consumo doméstico ainda não é suprido totalmente pela produção própria e, por isso, importamos trigo de outras origens para abastecer os moinhos, mas o Brasil caminha para autossuficiência num futuro breve”, finaliza Araújo.