Safra global de trigo deve bater recorde e pressiona mercado
Safra global de trigo deve bater novo recorde em 2025/26 com 809 milhões de toneladas e pressão sobre preços e margens no Brasil
Por: Redação RuralNews
Apesar da produção robusta, os estoques finais devem cair pelo sexto ano consecutivo, chegando a 262,8 milhões de toneladas. Ainda assim, as exportações mundiais seguem em alta, estimadas em 215,3 milhões de toneladas, superando o ciclo anterior.
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O cenário de ampla oferta global acirra a disputa entre exportadores e pressiona os preços futuros do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT). Além disso, fatores como a volatilidade cambial e tensões geopolíticas — com destaque para tarifas impostas pelos Estados Unidos — devem seguir influenciando os preços internacionais ao longo da temporada.
Outro ponto que afeta o mercado é a queda nos preços do milho, concorrente direto do trigo na alimentação animal. Esse movimento reforça a tendência de baixa no mercado global do trigo.
Nos Estados Unidos, a produção de trigo deve atingir 52,3 milhões de toneladas, 3% abaixo do ciclo anterior. Por outro lado, os estoques finais devem subir 7%, alcançando 24,4 milhões de toneladas. O preço médio ao produtor deve ficar em US$ 5,40 por bushel, ligeiramente abaixo do registrado anteriormente.
Com o dólar mais fraco e maior oferta interna, o trigo norte-americano ganha competitividade. As exportações devem alcançar 22,4 milhões de toneladas, maior volume desde 2020/21. No entanto, o avanço depende da disputa com exportadores como União Europeia e Rússia.
No Brasil, a pressão vinda do mercado internacional tende a manter os preços internos em baixa. De acordo com o Itaú BBA, o produtor brasileiro deve lidar com margens apertadas mais uma vez na safra 2025/26. Sem sinais consistentes de recuperação no curto prazo, os efeitos da safra global de trigo também se refletem diretamente no cenário doméstico.
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Concorrência entre exportadores pressiona preços

Safra global de trigo pode alcançar novo recorde e ampliar pressão sobre os preços no Brasil. Foto: Canva
O cenário de ampla oferta global acirra a disputa entre exportadores e pressiona os preços futuros do trigo na Bolsa de Chicago (CBOT). Além disso, fatores como a volatilidade cambial e tensões geopolíticas — com destaque para tarifas impostas pelos Estados Unidos — devem seguir influenciando os preços internacionais ao longo da temporada.
Outro ponto que afeta o mercado é a queda nos preços do milho, concorrente direto do trigo na alimentação animal. Esse movimento reforça a tendência de baixa no mercado global do trigo.
Estados Unidos devem exportar mais, apesar de queda na produção
Nos Estados Unidos, a produção de trigo deve atingir 52,3 milhões de toneladas, 3% abaixo do ciclo anterior. Por outro lado, os estoques finais devem subir 7%, alcançando 24,4 milhões de toneladas. O preço médio ao produtor deve ficar em US$ 5,40 por bushel, ligeiramente abaixo do registrado anteriormente.
Com o dólar mais fraco e maior oferta interna, o trigo norte-americano ganha competitividade. As exportações devem alcançar 22,4 milhões de toneladas, maior volume desde 2020/21. No entanto, o avanço depende da disputa com exportadores como União Europeia e Rússia.
Brasil pode enfrentar margens apertadas
No Brasil, a pressão vinda do mercado internacional tende a manter os preços internos em baixa. De acordo com o Itaú BBA, o produtor brasileiro deve lidar com margens apertadas mais uma vez na safra 2025/26. Sem sinais consistentes de recuperação no curto prazo, os efeitos da safra global de trigo também se refletem diretamente no cenário doméstico.
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