Soja
26-07-2022 | 10:30:00
Por: Camilo Motter
Soja continua sequência de bons ganhos nesta terça-feira na CBOT
O bom momento é atribuído à piora das condições das lavouras norte-americanas e também à alta do petróleo e às incertezas que pairam sobre o acordo firmado no Leste Europeu para escoamento de milho e trigo da Ucrânia
Por: Camilo Motter
– No fim da tarde de ontem, o USDA informou que as lavouras de soja tiveram piora de dois pontos percentuais ao longo da última semana, ficando abaixo do esperado pelo mercado. As áreas tidas como boas/excelentes somam 59%, ante 61% da semana anterior; na mesma época do ano passado o índice era de 58%.
– Em relação ao estágio, 64% das áreas entraram em floração, ante 48% da semana anterior, 74% de mesma época no ano passado e 69% de média histórica. Vinte e seis por cento estão em formando vagens, contra 14% da semana anterior, 39% do ano anterior e 34% de média dos últimos cinco anos.
– As inspeções de exportação de soja norte-americana atingiram 0,38MT na semana, ante 0,43MT da semana anterior. No acumulado da safra, iniciada 1º de setembro/21, o volume chega a 53,0MT, 9% abaixo do que as 58,2MT do mesmo ponto do ciclo passado.
– De acordo com a SECEX, as exportações de soja brasileira em julho somam, até aqui, 6,25MT, em linha com o mesmo período de julho de 2021. Na temporada, os embarques chegam a 57,2MT, ante 69,0MT do mesmo intervalo do ano passado.
– Internamente, os negócios seguem lentos; porém, as altas dos últimos dias reavivam a esperança de retomada de melhores indicações. O câmbio, que sofreu queda superior a 2% na jornada anterior, deve funcionar como limitador da formação do preço doméstico. A deterioração das condições da safra norte-americana eleva as tensões e mostra que não está descartada a possibilidade de perdas na safra norte-americana. As lavouras por lá estão entrando na fase mais crítica de sua evolução. Irregularidades climáticas mais acentuadas podem promover rallies de preços até fins de agosto/início de setembro.
– A pressão sobre os prêmios nos portos brasileiros segue indicando a lentidão da demanda. No spot, são cotados na faixa de 135 /150; para setembro, na faixa de 200/220. Indicações de compra entre R$ 183,00/185,00 no oeste do estado; entre R$ 192,00/193,00 em Paranaguá – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local de embarque.