Soja
17-07-2024 | 11:10:00
Por: Ronaldo Luiz
De acordo com os engenheiros agrônomos e pesquisadores da DigiFarmz, Leonardo Furlani e Victor Balsan Costa, um dos principais impactos positivos da geada é a morte de plantas de soja voluntária, também conhecida como soja "tiguera ou guaxa". Elas podem servir de hospedeira para diversas pragas e doenças, funcionando como uma “ponte verde” que pode comprometer de imediato a sanidade da próxima safra. Uma das doenças de maior dano econômico que podem se aproveitar da soja voluntária, é a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
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Furlani destaca que, com a ocorrência de geadas nas últimas semanas, em particular na região Sul, grande parte das plantas voluntárias de soja foram naturalmente eliminadas, interrompendo o ciclo do fungo da ferrugem, reduzindo a presença do inóculo primário e podendo reduzir a pressão inicial de infecção na safra seguinte.
“Na base de pesquisa da DigiFarmz de Passo Fundo, em parceria com a Diplan Soluções Agrícolas, foram registradas temperaturas inferiores a -2ºC e presença de geada em diversos dias, onde as plantas de soja remanescentes nas áreas da região reduziram drasticamente a sua população”, complementa.
No Paraguai a situação é semelhante em algumas regiões, principalmente ao sul, onde ocorreram temperaturas baixas e registros de geada também, informa o Gerente Innovación en Agrihold / Agrotec, Sidinei Neuhaus, que auxilia nas pesquisas da DigiFarmz nesse país.
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Balsan, Furlani e Neuhaus ainda trazem um alerta importante: mesmo com a presença de geadas em algumas regiões, é fundamental respeitar o vazio sanitário em todo o Brasil e Paraguai, e manter as práticas de controle obrigatório de soja voluntária, através de programas de herbicidas adequados.
“Destaca-se também, que mesmo com a possível redução do inóculo inicial de ferrugem pela ajuda climática, é importante ainda manter um manejo integrado de doenças, utilizando programas robustos de fungicidas, levando em consideração a sensibilidade à doenças de cada cultivar de soja, posicionando de forma preventiva e preferencialmente com protetores multissítios em todas as aplicações para a próxima safra 2024/25”, finaliza Neuhaus.
Ondas de frio beneficiam produtores de soja no combate a ferrugem asiática
Um dos principais impactos positivos da geada é a morte de plantas da oleaginosa voluntária, também conhecida como soja
Por: Ronaldo Luiz
De acordo com os engenheiros agrônomos e pesquisadores da DigiFarmz, Leonardo Furlani e Victor Balsan Costa, um dos principais impactos positivos da geada é a morte de plantas de soja voluntária, também conhecida como soja "tiguera ou guaxa". Elas podem servir de hospedeira para diversas pragas e doenças, funcionando como uma “ponte verde” que pode comprometer de imediato a sanidade da próxima safra. Uma das doenças de maior dano econômico que podem se aproveitar da soja voluntária, é a ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi.
Furlani destaca que, com a ocorrência de geadas nas últimas semanas, em particular na região Sul, grande parte das plantas voluntárias de soja foram naturalmente eliminadas, interrompendo o ciclo do fungo da ferrugem, reduzindo a presença do inóculo primário e podendo reduzir a pressão inicial de infecção na safra seguinte.
“Na base de pesquisa da DigiFarmz de Passo Fundo, em parceria com a Diplan Soluções Agrícolas, foram registradas temperaturas inferiores a -2ºC e presença de geada em diversos dias, onde as plantas de soja remanescentes nas áreas da região reduziram drasticamente a sua população”, complementa.
No Paraguai a situação é semelhante em algumas regiões, principalmente ao sul, onde ocorreram temperaturas baixas e registros de geada também, informa o Gerente Innovación en Agrihold / Agrotec, Sidinei Neuhaus, que auxilia nas pesquisas da DigiFarmz nesse país.
“Destaca-se também, que mesmo com a possível redução do inóculo inicial de ferrugem pela ajuda climática, é importante ainda manter um manejo integrado de doenças, utilizando programas robustos de fungicidas, levando em consideração a sensibilidade à doenças de cada cultivar de soja, posicionando de forma preventiva e preferencialmente com protetores multissítios em todas as aplicações para a próxima safra 2024/25”, finaliza Neuhaus.