Saúde e bem estar
31-05-2021 | 8:36:00
Por: Governo do Estado do Parana
Governo do Estado investe em projetos voltados para a segurança alimentar dos paranaenses
Ações voltadas ao abastecimento da população vulnerável visam criar uma rede de proteção alimentar no Estado. Programas garantem a compra de produtos da agricultura familiar, distribuição de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade, oferta refeições diárias para milhares de paranaenses e a geração de renda e trabalho.
Por: Governo do Estado do Parana
“O solo do Paraná é uma das mais importantes fontes de alimento para o mundo. Não podemos admitir gente passando fome”, destaca o governador Carlos Massa Ratinho Junior. O objetivo é garantir o direito da população ao acesso a alimentos de qualidade, com base em práticas alimentares saudáveis. “Essas medidas estão atreladas a uma visão social para assistir as pessoas mais humildes e que mais precisam do apoio do poder público. Isso vem através da segurança alimentar, com o restaurante popular, e com a garantia da compra de alimentos dos nossos produtores, por exemplo”, acrescenta.
O Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (Desan), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), realiza ações voltadas ao abastecimento da população vulnerável, visando criar uma rede de proteção alimentar. A estrutura dessa rede de proteção social tem como objetivo reduzir a insegurança alimentar e nutricional (INSAN) da população paranaense, promover o acesso à alimentação adequada e saudável, reduzir o desperdício de alimentos, gerar renda, fomentar a agricultura familiar e os circuitos curtos de comercialização, com consequente interferência no desenvolvimento local, regional e estadual.
PROGRAMAS - A política de segurança alimentar do Estado é composta por programas como o Compra Direta Paraná, que beneficia agricultores familiares e a população vulnerável; Banco de Alimentos Comida Boa, iniciativa de abastecimento e segurança alimentar, que funciona através da coleta dos produtos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais nas Unidades da Ceasa/PR; e a implantação e modernização de Equipamentos de Segurança Alimentar e Nutricional, como os Restaurantes Populares e as Hortas Comunitárias Urbanas.
O secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, reforça o aspecto social e de solidariedade dos projetos desenvolvidos pelo Paraná. “Na nossa sociedade, tão desigual, é de chorar que a gente perca alimentos e não socorra quem precisa. As ações realizadas são fruto de uma visão estratégica, e nos permite atender as famílias que mais necessitam”.
COMPRA DIRETA PARANÁ - A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento implantou o Programa Compra Direta Paraná como forma de amenizar os impactos causados pela pandemia da Covid-19. Por meio de Chamada Pública, em 2020, foram selecionadas e contratadas 147 cooperativas e associações da agricultura familiar, beneficiando 12,5 mil agricultores familiares. Eles forneceram gêneros alimentícios a mais de 900 entidades, com estimativa de terem sido atendidas 530 mil pessoas.
Nesta sexta-feira (29), o Desan publicou a relação de pequenas cooperativas e associações da agricultura familiar habilitadas no edital de chamada pública da edição de 2021. Serão investidos R$ 27 milhões para a compra de alimentos produzidos ou processados por agricultores familiares. A entrega será feita diretamente a entidades socioassistenciais, rede pública de saúde ou alvos de ação alimentar do Estado, que, por sua vez, destinam a pessoas em situação de vulnerabilidade.
BANCO DE ALIMENTOS COMIDA BOA - Com o objetivo de aumentar a segurança alimentar, o projeto doa mensalmente cerca de 640 toneladas de alimentos processados e congelados para 348 entidades sociais, chegando a mais de 130 mil pessoas. “Esse é um projeto do qual a gente tem muito orgulho porque, além da preocupação social, ele também evita o desperdício de alimentos”, ressalta o governador Ratinho Junior.
Apesar de estarem em bom estado para consumo, os alimentos doados por permissionários atacadistas e produtores da Ceasa não têm padrão de comercialização e, por isso, eram descartados. Com o projeto, esses produtos hortifrutigranjeiros passaram a ser selecionados, processados e congelados, para depois serem enviados a famílias necessitadas. Participam do projeto as cinco unidades da Ceasa no Estado: Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina.
RESTAURANTES POPULARES – O Programa Paranaense de Apoio aos Restaurantes Populares, implantado em 2017 pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, subsidia a construção, modernização e reformas de restaurantes populares e de uma cozinha social, que ajudam a garantir refeições saudáveis e a preços acessíveis para a população que se alimenta fora de casa. Os empreendimentos beneficiam de forma direta pelo menos 27,4 mil pessoas diariamente. O programa é voltado a municípios com mais de 80 mil habitantes. As unidades estão localizadas nas cidades de Cascavel, Curitiba, Paranavaí, Umuarama, Toledo, Maringá e Londrina.
Segundo o secretário Norberto Ortigara, os restaurantes populares são ferramenta importante para integrar os outros programas públicos de segurança alimentar e nutricional, como o Banco de Alimentos e o Compra Direta Paraná. “São equipamentos públicos destinados a acolher, a receber pessoas vulneráveis, que agora estão em uma situação ainda mais delicada por causa da perda de renda e oportunidades e necessitam receber comida de qualidade”, afirmou.
O Estado também viabiliza Cozinhas e Panificadoras Comunitárias que além de produzir alimentos para a população mantém a Cozinha-Escola utilizada para realização de cursos de profissionalização e capacitação da comunidade, visando estimular boas práticas de produção e fabricação, aprimoramento de habilidades, geração de renda, entre outros.
HORTAS COMUNITÁRIAS URBANAS – Além de garantir sustentabilidade ambiental por meio de práticas ambientais responsáveis, as Hortas Comunitárias Urbanas viabilizam o acesso a alimentos saudáveis e diversificados, e ao desenvolvimento de estratégias de geração de renda para a população atendida. Essas estruturas também promovem integração, inclusão social e melhoria da qualidade de vida dos beneficiários.
O Governo do Estado repassa recursos para os municípios e ajuda a administração municipal a adquirir ferramentas e insumos para serem utilizados em hortas comunitárias em operação. “Esse é um projeto importante de ocupação e de uso de espaço público, de terrenos baldios, que se transformam em fonte de produção de alimentos saudáveis, em hortas comunitárias”, disse Ortigara. Mais que produzir alimentos, ele destacou que a criação de uma horta dentro da área urbana ajuda a formar a consciência sobre a segurança e educação alimentar.