Safra
22-12-2023 | 13:58:00
Por: Da reda
Venda de silo bolsa bate recordes e minimiza problema de armazenamento
Em um cenário onde 61% dos produtores dizem não ter infraestrutura para guardar os grãos, a alternativa de estocar a safra em silos bolsa vem ganhando espaço entre os produtores rurais
Por: Da reda
Os dados fazem parte do amplo estudo “Diagnóstico da Armazenagem Agrícola no Brasil” sobre uma das principais atividades primárias da logística, fundamental para a competitividade do agro brasileiro. O estudo mostra ainda que o ganho econômico médio de 40,8% dos produtores que têm capacidade de armazenamento foi, nas últimas três safras, entre 6% e 20%, comparado ao preço médio na época de colheita. Isso porque os volumes da safra de soja e da segunda safra de milho tendem a ter um benefício econômico em uma janela de comercialização tardia, consequência da dinâmica de reajustes de preços.
A perda de qualidade dos grãos é outro problema causado pelo déficit de armazenamento, pois muitas vezes os grãos ficam em locais inadequados e até a céu aberto após a colheita, comprometendo a qualidade. Isso certamente faz com que a classe produtora seja obrigada a escoar rapidamente a produção, enfrentando gargalos logísticos, fretes altos e vendendo em um momento que não seja tão oportuno.
Oportunidade com o silo-bolsa
Este cenário de dificuldade de armazenagem no país fez com que apenas uma empresa do setor alcançasse a venda de 50 mil unidades, com faturamento em torno de R$ 100 milhões no ano safra, número recorde e com crescimento constante. A gerente da empresa pontua que a solução está disponível no mercado brasileiro desde 2018 e já foi comercializada para outros 30 países.
Alternativa que pode atuar em paralelo ao silo estático, o silo-bolsa tem entre os benefícios o menor custo de instalação e manutenção, maior flexibilidade em capacidade e localização e melhor conservação da qualidade dos produtos armazenados. É adequado para armazenar diversos produtos agrícolas, como grãos (milho, soja, trigo), forragens (capim, feno) e silagem.
A pesquisa da CNA ouviu 1.065 produtores e com relação ao silo-bolsa, 26,8% disseram que utilizam a opção para armazenar até 10% da produção, 22,4% entre 11% a 25% e outros 22,4% guardam entre 26% a 50%.