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Safra 04-09-2021 | 13:00:00

Paraná pode ter plantas de soja emergidas a partir de 13 de setembro

Vazio sanitário passou a ser política nacional controlada pelo Mapa. Para que o plantio seja sincronizado na região Sul, data para liberação da emergência das plantas foi postergada em dois dias no Estado


Por: FAEP (Federa


Anteriormente, a adoção ou não do período de vazio sanitário e do calendário de semeadura eram definidos por cada Estado. No caso do território paranaense, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) determinava, pela Portaria Estadual 342 de 2019, que poderia haver plantas emergidas a partir de 11 de setembro, um dia após o fim do vazio sanitário.
“Na prática, a fiscalização vai considerar que as plantas só podem emergir a partir do dia 13 de setembro. Pode plantar uns dias antes? Pode, contanto que o produtor conhecendo a sua região saiba quanto tempo vai demorar para essa planta emergir e respeitar o dia 13 como referência”, enfatiza o gerente de sanidade vegetal da Adapar, Renato Rezende. 

Um dos efeitos mais benéficos com essas novas portarias, conforme Rezende, é a padronização das datas na região Sul. “O que acontecia antes era que, às vezes, uma região tinha plantas vivas, outras não. Nesse cenário, o patógeno era mantido ativo, principalmente nas divisas. Tendo um período específico de plantio em uma região grande você tira aquelas pontes verdes que vão estar mantendo o patógeno a campo. Quando estiver encerrando o ciclo, acabou, não tem mais aquela diferença no calendário”, completa.

Vazio sanitário
O vazio sanitário é um período no qual os produtores rurais são proibidos de manterem plantas de soja vivas nas lavouras. Assim, evita-se criar uma ponte verde de uma safra para a outra, que facilita a disseminação do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática – doença mais grave que afeta a sojicultura no Brasil e no mundo.

Atuação

Segundo Ana Paula Kowalski, do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR, os documentos elaborados pelo Mapa tiveram como base solicitações feitas pelo Sistema FAEP/SENAR-PR e outras entidades representativas dos produtores rurais. “A ideia dessas mudanças é tornar o controle da ferrugem asiática mais efetiva e igualitária entre os Estados. Assim, o Paraná, por exemplo, terá um período de vazio sanitário e de plantio adequado ao seu sistema de produção, em consonância com os Estados limítrofes sem prejuízo das ações estratégicas de defesa sanitária vegetal”, explica.
Ainda, de acordo com a técnica do DTE, o Mapa deve considerar fazer alterações nas regras. “Alguns ajustes de nomenclatura são necessários nas portarias para tornar a aplicação e o entendimento mais claros. O ideal também é que a publicação tenha maior antecedência para planejamento do plantio. Porém, compreende-se que foi uma primeira tentativa de normatização nacional e como os períodos podem ser revistos a cada ano, é possível aprimorá-la”, reflete.

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