Safra 15-10-2024 | 15:29:00

Mato Grosso completa mais de 150 dias sem chuvas

O Estado vive situação dramática, com seca extrema afetando principalmente o plantio de soja e comprometendo a safra de algodão


Por: Redação RuralNews


Isso se dá devido à viabilidade produtiva, que é determinada e limitada em função da época de semeadura em decorrência da colheita da soja (1ª safra), que acontece até o fim de janeiro. A situação tem preocupado os produtores locais, não só pelo impacto na soja, mas também em como isso se refletirá na segunda safra.
Há previsão de chuva para esta semana em amplas regiões do Brasil. Os maiores acumulados de chuva desta semana devem se concentrar no Centro-Oeste, Norte, Nordeste e no Rio Grande do Sul.

A área agricultável do estado, atualmente, está em torno de 12,4 milhões de hectares para plantio de soja, porém o progresso da soja não aconteceu como os anos anteriores. 2024 tem sido desafiador para os produtores do estado.

Além da seca, a região enfrentou desafios na produção da safra anterior, chegando a pouco rendimento na colheita e, consequentemente, faturamento limitado, finalizando a um preço bem abaixo do esperado e com o agravante de colher pouco.
“Nós temos uma perspectiva de 1.5 milhão de hectares para a cultura de algodão. A falta de chuva para a soja promete ter uma influência direta na implantação dessa área, com fortes riscos de viabilidade de cultivo para o produtor local", explica o diretor executivo da Fundação Rio Verde e Show Safra, Rodrigo Pasqualli.

Embora o Mato Grosso tenha particularidades quanto ao solo e clima, Pasqualli admite que essa extrema seca tem sido algo inédito na região e, consequentemente, uma fase bem difícil para os produtores locais – já que o estado também passou por uma recente queimada, afetando ainda mais o cultivo local.

“É nítido que estamos passando por um momento delicado no agro, principalmente no Mato Grosso, que é um estado tão importante para o setor como um todo. Com foco na segunda safra, estamos mobilizando toda a nossa equipe de pesquisa para entender estratégias e rotas que podem ser seguidas para diminuir o impacto da seca”, pontua.
Totalmente voltada às necessidades do produtor rural, a Fundação Rio Verde, instituição sem fins lucrativos que atua nos bastidores do evento Show Safra, segue realizando investimentos consistentes – e pesados – em profissionais, cientistas, engenheiros agrônomos, entre outros, para pensarem exclusivamente em como solucionar os problemas encontrados pelo produtor da região.

“Estamos com grandes expectativas com novos testes em tecnologias e soluções para entender como podemos ajudar a mitigar tais danos causados pela seca. Ansiamos colher resultados antes do início da segunda safra”, finaliza.

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