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Safra 03-06-2021 | 16:24:00

Começa no Paraná a colheita da segunda safra de milho

Boletim semanal da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento mostra que a produção deve ter redução de 13,4%. Estiagem prolongada e nos períodos menos desejados é uma das principais razões para a quebra.


Por: Governo do Estado do Parana


A previsão é colher 10,3 milhões de toneladas na safrinha de milho. No ciclo 2019/20, o volume ficou em 11,9 milhões de toneladas. Essa redução de 13,4% se deve, sobretudo, à estiagem que atingiu o Estado desde o ano passado, com chuvas irregulares e, de modo particular, a ausência de precipitação em períodos mais críticos para o desenvolvimento das plantas.
Essa mesma situação de seca severa comprometeu também a qualidade do produto. As informações que chegam ao Deral, vindas dos técnicos que atuam no campo, apontam que apenas 22% da área total de 2,5 milhões de hectares estão em condições boas. Em situação mediana encontram-se 46% da área, enquanto 32% têm condições ruins.

Historicamente, a colheita da safrinha de milho começa no final de maio, avança de forma tímida durante junho, ganha volume em julho e agosto, e finaliza em setembro/outubro. A expectativa é que as chuvas ocorridas nos últimos dias aumentem a umidade e ajudem a estancar as perdas de produção. Para os produtores, os preços continuam altos, com a saca de 60 quilos negociada em torno de R$ 80,00.

FEIJÃO, SOJA E TRIGO – A última avaliação dos técnicos do Deral indica que o feijão ocupa área de 254 mil hectares, que deve resultar em produção de 310 mil toneladas. A estimativa inicial era de se colher 504 mil toneladas, mas as adversidades climáticas provocaram redução de 38%. Caso se confirme a produção reduzida, ainda assim será superior em 16% ao volume de 268 mil toneladas colhidas em 2020.
O boletim também destaca a informação sobre os custos de produção do cultivo de soja, que sofreram elevação próxima a 32%, em comparação com maio de 2020. Um dos itens que mais pesaram é o fertilizante, responsável por 37% no cálculo. O aumento deve-se à restrição da oferta devido à pandemia e à desvalorização do real frente ao dólar.

A produção do trigo também teve o custo elevado em 37%. Como na soja, os gastos com fertilizantes foram fundamentais. A ele se somou o gasto com operação de máquinas. Ambos foram muito influenciados pela valorização do barril de petróleo, triplicado em relação a maio de 2020.

OUTROS PRODUTOS – O documento também faz uma análise do comportamento na comercialização das cinco principais frutas nas Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa). Ao abordar a pecuária leiteira, há um alerta para os produtores que precisam ter cautela e profissionalismo no momento em que o custo de produção se eleva rapidamente.
Por fim, analisa os custos na avicultura de corte, em que a alimentação é o fator que tem mais peso, particularmente devido ao aumento nos preços de milho e farelo de soja. O boletim ainda tece comentários a respeito das exportações de carne suína.

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