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Safra 13-11-2024 | 15:59:00

Com atraso na colheita do trigo, sojicultor da região Sul deve optar por cultivares de ciclo super precoce

Com uma área colhida de trigo de cerca de 69,3% nos Estados do Sul, em muitos locais a soja que ainda não foi semeada e a janela de plantio pode ficar apertada


Por: Redação RuralNews


Área colhida do cereal é de cerca de 69,3% nos estados do Sul, com isso a soja que ainda não foi semeada e a sua janela de plantio pode ficar apertada já que asafra 2024/25 de soja brasileira já está em andamento.Segundo aCompanhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional da oleaginosa está estimada em 166,05 milhões de toneladas.
Mas para muitos produtores, o atraso na colheita do trigo, cultura de inverno que antecede a soja em grande parte dos estados da região sul, ainda está acontecendo, de maneira tardia. Esse atraso pode impactar a produção de soja nos estados do Rio Grande do Sul – maior produtor de trigo e o segundo da oleaginosa -, Santa Catarina e Paraná.
Para garantir a janela ideal de cultivo da soja, o produtor vai ter que optar por cultivares de ciclo superprecoce, em que seja possível colher o grão em 120 dias, na média, do plantio à colheita.Na região sul do Brasil, é possível produzir até três safras em um ano, como acontece no sudoeste do Paraná com a sucessão soja, feijão e trigo, por exemplo.
Com isso, muitos agricultores optam por uma cultivar de soja com ciclo superprecoce, que se desenvolva bem semeada no mês de setembro e mantenha alta produtividade, para viabilizar a cultura subsequente, o feijão. As questões climáticas impactaram o desenvolvimento trigo. Já no Paraná, a estiagem no início do ciclo da cultura, será responsável pela colheita tardia. Esse cenário impacta na safra de soja, já que a sua janela de plantio fica apertada. O produtor tem pouco tempo para fazer o manejo pré plantio e cultivar a oleaginosa. E isso tende a expor as áreas a riscos maiores, com doenças de final de ciclo, como a ferrugem asiática.
A saída para mitigar riscos na soja, é o agricultor destinar parte de sua área de plantio com variedades de ciclo superprecoce, que possam ser semeadas até final de novembro, com alto potencial produtivo, além de flexibilidade no manejo de plantas daninhas.
Com isso, o produtor conseguirá colher o trigo tardiamente e semear soja no mesmo dia. Uma cultiver com ciclo curto é fundamental nesse cenário para garantir que a colheita seja realizada em cerca de 120 dias após o plantio, com menos exposição às doenças, como ferrugem asiática, por exemplo. Se optar pelas variedades tradicionais, com ciclos mais longos, as plantas precisam ficar mais tempo no campo e podem com isso ficar muito expostas a doenças como ferrugem da soja no final do ciclo, por exemplo.

TAGS: Safra verão - soja precoce - soja superprecoce - atraso na colheita




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