Previsão do Tempo
18-03-2024 | 3:56:00
Por: Climatempo
O La Niña é caracterizado pelo resfriamento em grande escala da água superficial do oceano Pacífico Equatorial central e leste, juntamente com mudanças na circulação atmosférica tropical, que altera o padrão de ventos, pressão e precipitação e costuma causar menor ocorrência de chuvas na região Sul do Brasil e tempo mais chuvoso nas áreas mais ao Norte do país.
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Em anos de La Niña, o risco de estiagem é maior no Sul do Brasil e os episódios de geada tendem a aumentar, principalmente nas áreas de serra. Destaque para um inverno mais seco
Neste período atual, as projeções mostram que a segunda metade da estação do Inverno poderá apresentar períodos mais secos com ondas de frio mais fortes, com frio intenso entre julho e agosto, ou até mesmo um frio mais tardio ( início de primavera), no centro-sul do país.
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"Isso não significa um inverno rigoroso, eventualmente podemos observar uma ou outra frente fria avançando de forma continental e esse sistema pode vir com mais intensidade, ou seja picos de frio que podem ser extremos lá pela segunda metade do Inverno quando o fenômeno La Niña estiver mais estabelecido", prevê a meteorologista Nadiara Pereira, da Climatempo.
"Esse frio tardio pode afetar alguns cultivos de inverno, principalmente o trigo. Não antecipar muito o cultivo do cereal para não pegar geada na fase da florada, pode ser uma estratégia eficiente", comenta a meteorologista.
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Nadiara Pereira diz que a La Niña tem essa característica de prolongar o período seco e reduz um pouco o período úmido com o atraso das chuvas. Para a Primavera-Verão 24/25, não se descarta o risco de estiagem para os cultivos de verão no Sul do Brasil, principalmente o milho, cultura mais suscetível que acaba sentindo a falta de chuva, principalmente na primeira safra no Rio Grande do Sul.
Os efeitos opostos são esperados para o Norte e Nordeste, região do Matopiba normalmente produz bem com uma regularidade maior das chuvas. Para o Brasil Central, o detalhe desta projeção é o atraso do retorno da chuva.
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"Isso, pode acarretar o atraso no plantio da soja com uma janela menor para o milho segunda safra na temporada seguinte", explica Pereira.
"É necessário monitorar o Clima, mas a intensidade e duração dessas ondas de calor provavelmente irão diminuir se comparada a situação atual. Ondas de calor menos frequentes serão observadas no interior do Brasil", finaliza Pereira.
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Por: Climatempo
O La Niña é caracterizado pelo resfriamento em grande escala da água superficial do oceano Pacífico Equatorial central e leste, juntamente com mudanças na circulação atmosférica tropical, que altera o padrão de ventos, pressão e precipitação e costuma causar menor ocorrência de chuvas na região Sul do Brasil e tempo mais chuvoso nas áreas mais ao Norte do país.
Impactos no agro brasileiro
Com este cenário do retorno do La Niña para o segundo semestre os produtores rurais devem estar atentos as informações meteorológicas. Normalmente em anos de La Niña, o período úmido tende a começar um pouco mais tarde e não se observa maiores volumes de chuva ocorrendo a partir de Setembro.Em anos de La Niña, o risco de estiagem é maior no Sul do Brasil e os episódios de geada tendem a aumentar, principalmente nas áreas de serra. Destaque para um inverno mais seco
Neste período atual, as projeções mostram que a segunda metade da estação do Inverno poderá apresentar períodos mais secos com ondas de frio mais fortes, com frio intenso entre julho e agosto, ou até mesmo um frio mais tardio ( início de primavera), no centro-sul do país.
"Esse frio tardio pode afetar alguns cultivos de inverno, principalmente o trigo. Não antecipar muito o cultivo do cereal para não pegar geada na fase da florada, pode ser uma estratégia eficiente", comenta a meteorologista.
Atraso na chuva
Outro ponto em destaque para a agricultura é a irregularidade da chuva para o início da próxima safra de verão (final de do ano - safra24/25). Há um risco de atraso das chuvas no Brasil Central.Nadiara Pereira diz que a La Niña tem essa característica de prolongar o período seco e reduz um pouco o período úmido com o atraso das chuvas. Para a Primavera-Verão 24/25, não se descarta o risco de estiagem para os cultivos de verão no Sul do Brasil, principalmente o milho, cultura mais suscetível que acaba sentindo a falta de chuva, principalmente na primeira safra no Rio Grande do Sul.
Os efeitos opostos são esperados para o Norte e Nordeste, região do Matopiba normalmente produz bem com uma regularidade maior das chuvas. Para o Brasil Central, o detalhe desta projeção é o atraso do retorno da chuva.
Ponto positivo
Redução do risco de ondas de calor muito intensas na próxima temporada. "Não significa que vamos ter um Verão mais ameno, observa a meteorologista."É necessário monitorar o Clima, mas a intensidade e duração dessas ondas de calor provavelmente irão diminuir se comparada a situação atual. Ondas de calor menos frequentes serão observadas no interior do Brasil", finaliza Pereira.