Pragas
17/09/2023
Dados da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) indicam que a presença desses organismos no campo causa prejuízos de cerca de R$ 35 bilhões por ano, sendo que a soja é a cultura mais afetada e metade das perdas ocorrem em lavouras da leguminosa, algo em torno de R$ 16 bilhões.
De acordo com Rosangela Silva, pesquisadora na Fundação Mato Grosso (Fundação MT), além do nematoide do cisto da soja, que é o mais conhecido e frequente na maioria das regiões produtoras, nas grandes áreas de plantio de soja tem crescido a incidência de algumas raças do nematoide de cisto. Além de Heterodera glycines, outras espécies como o nematoide reniforme, que ataca diversas espécies de plantas, inclusive o algodoeiro, também tem aumentado.
“Esse ainda é um problema que impacta muito no resultado da agricultura, pois reduz a produtividade das lavouras e gera prejuízos ao produtor, podendo deixar a safra inviável”, diz. Segundo ela, aos primeiros sinais, o agricultor deve buscar a identificação da espécie e se o problema for o nematoide de cisto, a identificação da raça e de extrema relevância. “Dessa forma é mais fácil traçar um planejamento para conviver com o verme e prevenir episódios futuros”, comenta.
Atualmente, o mercado tem oferecido soluções para tornar as raízes menos suscetíveis ao ataque desses vermes, o que tem auxiliado no controle. Além disso, o melhoramento genético tem exercido papel fundamental para assegurar lavouras produtivas por meio de cultivares resistentes.
“O investimento na pesquisa genética é cada vez mais necessário para reduzir os prejuízos aos produtores”, diz Eduardo Kawakami, head de PD na TMG - Tropical Melhoramento Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo.
De acordo com o especialista, “o uso de estratégias de pesquisa para o desenvolvimento de cultivares resistentes, no menor espaço de tempo possível, beneficia o produtor porque permite safras mais produtivas, seguras e sustentáveis, desde que o agricultor siga as recomendações de plantio e manejo.
Especialistas fazem alerta sobre os prejuízos provocados pelos nematoides na agricultura brasileira
Segundo pesquisa da SBN, esses microrganismos provocam perdas de cerca de R$ 35 bi por ano aos produtores
Assessoria
Nematoides são vermes parasitas que atacam diversas espécies de culturas, com grande presença nas lavouras de soja do estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Triângulo Mineiro e estados do Norte e Nordeste do país. São organismos complexos que se alimentam de nutrientes, evitando o desenvolvimento das plantas e enchimento de grãos. Entre os sintomas, há o amarelecimento das folhas e o baixo desenvolvimento. Pragas e doenças podem comprometer até 90% da produção agrícola
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De acordo com Rosangela Silva, pesquisadora na Fundação Mato Grosso (Fundação MT), além do nematoide do cisto da soja, que é o mais conhecido e frequente na maioria das regiões produtoras, nas grandes áreas de plantio de soja tem crescido a incidência de algumas raças do nematoide de cisto. Além de Heterodera glycines, outras espécies como o nematoide reniforme, que ataca diversas espécies de plantas, inclusive o algodoeiro, também tem aumentado.
“Esse ainda é um problema que impacta muito no resultado da agricultura, pois reduz a produtividade das lavouras e gera prejuízos ao produtor, podendo deixar a safra inviável”, diz. Segundo ela, aos primeiros sinais, o agricultor deve buscar a identificação da espécie e se o problema for o nematoide de cisto, a identificação da raça e de extrema relevância. “Dessa forma é mais fácil traçar um planejamento para conviver com o verme e prevenir episódios futuros”, comenta.
Atualmente, o mercado tem oferecido soluções para tornar as raízes menos suscetíveis ao ataque desses vermes, o que tem auxiliado no controle. Além disso, o melhoramento genético tem exercido papel fundamental para assegurar lavouras produtivas por meio de cultivares resistentes.
“O investimento na pesquisa genética é cada vez mais necessário para reduzir os prejuízos aos produtores”, diz Eduardo Kawakami, head de PD na TMG - Tropical Melhoramento Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo.
De acordo com o especialista, “o uso de estratégias de pesquisa para o desenvolvimento de cultivares resistentes, no menor espaço de tempo possível, beneficia o produtor porque permite safras mais produtivas, seguras e sustentáveis, desde que o agricultor siga as recomendações de plantio e manejo.