Politica
29-02-2024 | 9:35:00
Por: Redação RuralNews
O Conselho Nacional de Sociedades para a Prevenção da Crueldade contra Animais (NSPCA, na sigla em inglês) solicitou à Justiça sul-africana autorização para subir a bordo do Al Kuwait para avaliar a condição dos animais. Em nota pública, a organização salientou que as cenas no navio eram repugnantes, com um acúmulo extremo de fezes e urina, e os animais não tinham outra opção a não ser descansar em baias com seus próprios. Além de animais mortos, foram encontrados animais doentes e machucados, alguns dos quais tiveram que ser submetidos à eutanásia.No dia 10 de fevereiro, o Al Kuwait partiu do Porto de Rio Grande, no sul do Brasil, carregando 19 mil bois provenientes da Estancia del Sur, propriedade rural em Capão do Leão (RS). A família Pilz, que gerencia a fazenda, é também proprietária de um restaurante em Porto Alegre, a Parrilla del Sur, que serve carne na brasa preparada à moda uruguaia. Após oito dias de viagem, o navio, de 190 metros de comprimento, e atracou o porto da cidade sul-africana, para reabastecimento, E depois partiu para seu destino final, o porto de Umm Qasr, no Iraque.O PL 3093/2021 nasceu de uma sugestão de uma cidadã ao Senado Federal formulada em 2018 que obteve mais de 21 mil apoios no portal e-Cidadania, da casa. O senador Fabiano Contarato (REDE-ES) formulou parecer favorável à matéria. Apesar disso, desde final de 2022 o texto está parado.As 19 organizações e ativistas – entre elas o Instituto Sea Shepherd Brasil e a Mercy For Animals – lembram que a maioria da população brasileira (84%) é favorável à proibição da atividade, segundo pesquisa do Instituto Ipsos realizada em 2019. Com mais de meio milhão de assinaturas, a petição co-criada pela ativista Luisa Mell com a Mercy For Animals é outra prova de que parcela significativa da nossa sociedade deseja o fim da exportação de animais vivos.Elas alegam que ao redor do mundo, a mudança já começou. “Proibições e restrições já foram anunciadas na Ásia, na Oceania e na Europa. O Brasil não pode ficar para trás”, afirmam as entidades na carta endereçada a Pacheco.
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Por: Redação RuralNews
O Conselho Nacional de Sociedades para a Prevenção da Crueldade contra Animais (NSPCA, na sigla em inglês) solicitou à Justiça sul-africana autorização para subir a bordo do Al Kuwait para avaliar a condição dos animais. Em nota pública, a organização salientou que as cenas no navio eram repugnantes, com um acúmulo extremo de fezes e urina, e os animais não tinham outra opção a não ser descansar em baias com seus próprios. Além de animais mortos, foram encontrados animais doentes e machucados, alguns dos quais tiveram que ser submetidos à eutanásia.No dia 10 de fevereiro, o Al Kuwait partiu do Porto de Rio Grande, no sul do Brasil, carregando 19 mil bois provenientes da Estancia del Sur, propriedade rural em Capão do Leão (RS). A família Pilz, que gerencia a fazenda, é também proprietária de um restaurante em Porto Alegre, a Parrilla del Sur, que serve carne na brasa preparada à moda uruguaia. Após oito dias de viagem, o navio, de 190 metros de comprimento, e atracou o porto da cidade sul-africana, para reabastecimento, E depois partiu para seu destino final, o porto de Umm Qasr, no Iraque.O PL 3093/2021 nasceu de uma sugestão de uma cidadã ao Senado Federal formulada em 2018 que obteve mais de 21 mil apoios no portal e-Cidadania, da casa. O senador Fabiano Contarato (REDE-ES) formulou parecer favorável à matéria. Apesar disso, desde final de 2022 o texto está parado.As 19 organizações e ativistas – entre elas o Instituto Sea Shepherd Brasil e a Mercy For Animals – lembram que a maioria da população brasileira (84%) é favorável à proibição da atividade, segundo pesquisa do Instituto Ipsos realizada em 2019. Com mais de meio milhão de assinaturas, a petição co-criada pela ativista Luisa Mell com a Mercy For Animals é outra prova de que parcela significativa da nossa sociedade deseja o fim da exportação de animais vivos.Elas alegam que ao redor do mundo, a mudança já começou. “Proibições e restrições já foram anunciadas na Ásia, na Oceania e na Europa. O Brasil não pode ficar para trás”, afirmam as entidades na carta endereçada a Pacheco.