Piscicultura
23-04-2021 | 0:33:00
Por: Governo do Estado do Parana
Frigorífico de peixes de Alvorada do Sul incrementará produção paranaense de tilápias
O investimento do Governo do Estado foi de R$ 900 mil. O espaço será administrado pela Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cocari). Capacidade de produção alcança 36 toneladas de peixes por dia.
Por: Governo do Estado do Parana
Com a entrega, o espaço passa a ser administrado pela Cooperativa Agropecuária e Industrial (Cocari), que venceu a concessão de uso da planta por 30 anos. Ela será responsável pela integração com os produtores e pelo processamento da proteína. Em um projeto de intercooperação, a Cooperativa Central Aurora participará de parte do processo, embalando e comercializando o produto final. A Cocari já iniciou o cadastro de produtores interessados em integrar a iniciativa e deve iniciar a venda dos primeiros produtos no início de 2022. A planta tem área total de 53 mil metros quadrados, sendo 1,6 mil metros quadrados de área construída. A instalação abarca administrativo e o industrial. O espaço tem capacidade de processamento de cerca de 12 toneladas de peixes por turno. Com três linhas de produção, deverá produzir até 36 toneladas de peixes por dia.
“Qualquer lugar do mundo só vira uma potência quando descobre o que faz de melhor. No Paraná, o que sabemos fazer de melhor é produzir alimentos. Hoje, exportamos comida para centenas de países, mas nosso maior desafio é ir além do grão da soja e do milho, industrializando esses alimentos. O Governo tem a responsabilidade de incentivar a criação de um ambiente que amplia a indústria de transformação. Quando conseguimos construir toda a cadeia produtiva, geramos emprego e produzimos com valor agregado”, explicou Ratinho Junior. “Esse frigorífico é um exemplo dessa indústria. Vamos industrializar o peixe produzido, dar renda aos produtores, gerar mais empregos e incentivar outras cidades a também buscar sua vocação”, acrescentou. "Isso é oportunidade de renda e gente trabalhando na roça, na criação, nos frigoríficos ou na cadeia inteira. Agora, miramos na face Norte do Paraná, com aproveitamento racional das águas do Rio Paranapanema", acrescentou o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.
A expectativa é que o novo frigorífico proporcione a geração de 50 empregos diretos nos primeiros 24 meses de trabalho, número que aumentará para 75 empregos após dois anos. Além disso, a concessão fomenta a produção de pescados, diversifica a cadeia produtiva e incentiva a ampliação da renda familiar rural e o agronegócio.
PRODUÇÃO – Toda a nova instalação será destinada à produção de tilápias, o que ajudará o Paraná a aumentar a liderança nacional nesse segmento. O sistema de cooperativa se inicia com o fomento à produção de peixes por produtores associados, que recebem insumos e ração para criá-los. O manejo pode ser realizado tanto em tanques escavados como em tanques-rede. Serão integrados à cooperativa entre 60 e 80 tanques de 5 mil metros quadrados de lâmina d’água para abastecimento da produção no primeiro ano da concessão, podendo dobrar o número de associados no ano seguinte. A expectativa é que produtores em um raio de 100 quilômetros da sede da Cocari, em Mandaguari, possam ser beneficiados pelo negócio, atingindo cerca de 50 outros municípios paranaenses. A proximidade com a sede auxilia na logística de entrega de insumos.
“Com um tanque de 5 mil metros quadrados, o produtor já possui viabilidade econômica”, explicou Marcos Pinduca, prefeito de Alvorada do Sul. “Já temos muitos produtores em tanque-rede, e o foco da cooperativa é tanques escavados, existentes no Oeste do Estado. Com essa rede integrada, teremos uma enorme produção”. Em média, as tilápias levam entre seis a dez meses para chegar ao peso de 1 quilo - estágio em que normalmente são abatidas. Os peixes serão entregues à Cocari, que assume no frigorífico as etapas de abate e processamento da proteína.
“O peixe será descamado, passa ao filetamento e depois será congelado. A temperatura média do frigorífico deve ser entre 14 e 16 °C durante todo o processo”, explicou o engenheiro de pesca Luiz Eduardo Sá Barreto. “Do peixe se aproveita tudo: vísceras, pele, escamas, todos os subprodutos”. Por fim, uma vez realizados os cortes, a Cooperativa Central Aurora será responsável pela etapa final do processo, referente a embalagem e venda para mercados de todo Brasil.