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Pecuária 01-02-2024 | 17:02:00

Mercado do boi muito pressionado no Nordeste e alguma estabilidade no Centro-sul

Escalas chegam até a segunda quinzena de fevereiro em estados nordestinos


Por: Fabiano Reis


No Estado de São Paulo há equilíbrio entre oferta e demanda, o que tem deixado o mercado do boi estável. Contudo, as cotações mostram estabilidade em R$ 240,00 valor a prazo e bruto, mas encontrei na manhã desta quinta-feira, em General Salgado/SP, preço em R$ 238,00 (bruto e a prazo), o que comprova o cenário de pressão. A questão é que em SP e Mato Grosso do Sul as escalas estão muito próximas de 15 dias.
Nas praças das regiões norte e nordeste, muito mais heterogêneas em torno da oferta, padrão e proximidade de indústrias, as escalas chegam até a segunda quinzena de fevereiro e isto fez com que os compradores ficassem fora dos negócios desde terça-feira, voltando nesta quinta-feira com propostas mais baixas. Em Mato Grosso do Sul, apesar de haver alguma sensação de estabilidade, propostas em R$ 228,00 por arroba, muitas plantas ficaram fora das aquisições nesta quinta-feira, tradicionalmente, dia com maior movimento.
Apesar de fevereiro de 2024 ter uma expectativa melhor em torno dos preços da arroba após pagamento de salários, escolas e universidades voltando totalmente e Carnaval, uma das questões relevantes no segundo mês do ano é ele, normalmente, ser mais curto. Se as festividades carnavalescas trazem uma elevação de consumo e, neste ano, pode ajudar a liquidar os estoques presentes nas câmeras frias, por outro lado, deixam o mês menor, com feriado em quase todo país, entre dois e três dias parados para o setor industrial e retorno lento aos negócios.
De maneira geral, o mercado físico apresenta boa resistência ao momento, com melhor capacidade de segurar os animais no pasto e, mesmo com algumas quedas, em curtíssimo espaço de tempo há recuperação. Contudo, a durabilidade do cenário é baixa e os preços devem recuar nos próximos meses, em movimento sazonal, com a finalização da safra de bois a pasto (que deve aumentar a oferta) e fêmeas de descarte em maior volume indo para o gancho. As posições negociadas no mercado futuro têm esclarecido este ponta há algum tempo. Se confirmada a tendência, o pecuarista precisa (assim como o sojicultor tem no auge da colheita o pior cenário, tradicionalmente, para vender a soja) evitar ter um grande volume de animais para a venda quando a oferta de gado estiver mais elevada. Este momento, mais complicado, está mais próximo agora e os indicadores já mostram um pouco como o mercado deve se acomodar entre abril e agosto, principalmente.

TAGS: pecuária - preços - cotação




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