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Pecuária 10-11-2024 | 13:06:00

Líderança em exportação de carnes traz desafios para os frigoríficos até 2025

O Brasil possui um vasto potencial para expandir sua capacidade de produção de carnes, mas isso só será possível por meio de investimentos em inovação tecnológica e soluções sustentáveis por parte dos frigoríficos


Por: Redação RuralNews


Para Bruno Abreu, diretor de Vendas e Marketing da Bermo,para manter essa liderança no cenário internacional, é fundamental que a indústria evolua de maneira inteligente e sustentável. "É importante analisar que,segundodados divulgados através de pesquisa da Fundação Getulio Vargas,os frigoríficos bovinos têm capacidade para processar até 35 milhões de toneladas de carne por ano, representando cerca de 25% do mercado global", afirma Bruno.
Ele salienta que na carne suína, o Brasil também ocupa posição de destaque, com uma produção anual de 4 milhões de toneladas.Os frigoríficos de aves têm um papel ainda mais expressivo: o país é o maior exportador global de carne de frango, com uma produção anual que ultrapassa 13 milhões de toneladas.
Para ele, esses números impressionantes não são apenas reflexo da grande capacidade de produção do país, mas também de sua infraestrutura avançada e da constante busca pela inovação e melhoria da eficiência. "Contudo, com o aumento da demanda internacional e os desafios impostos pela sustentabilidade, é fundamental que o setor de frigoríficos se adapte e invista em tecnologias que permitam não só crescer, mas também preservar os recursos naturais e reduzir seu impacto ambiental". alerta Bruno.
Os frigoríficos bovinos têm capacidade para processar até 35 milhões de toneladas de carne por ano
Os frigoríficos bovinos têm capacidade para processar até 35 milhões de toneladas de carne por ano


Bruno Abreu: expansão só será possível por meio de investimentos em inovação tecnológica
Bruno Abreu: expansão só será possível por meio de investimentos em inovação tecnológica



Inovação e sustentabilidade

Estima-se que o setor de frigoríficos do Brasi fará investimentos da ordem de R$20 bilhões até 2025. "Esses recursos serão alocados principalmente na modernização de equipamentos, na implementação de práticas sustentáveis e na capacitação de mão de obra. A modernização tecnológica é essencial para melhorar a eficiência e reduzir custos operacionais", salienta Bruno. Mas ele ressalta que, à medida que a pressão por sustentabilidade aumenta, a gestão dos recursos naturais, como a energia elétrica, água e o tratamento de resíduos, se torna um diferencial competitivo. "Nota-se que o setor de exportação de carnes registra um crescimento contínuo, e para isso, muitos setores da indústria estão envolvidos para manter essa sustentabilidade. A gestão de efluentes, por exemplo, é um dos desafios. Hoje existem tecnologias que permitem a reutilização de água e o tratamento eficiente de resíduos, auxiliando os frigoríficos a cumprir com as exigências ambientais de forma eficaz.
Além da sustentabilidade, há a questão da rastreabilidade, especialmente em um mercado global competitivo, onde a qualidade e a rastreabilidade do produto são exigências cada vez mais rigorosas. "O Brasil possui um vasto potencial para expandir sua capacidade de produção de carnes, mas isso só será possível por meio de investimentos em inovação tecnológica e soluções sustentáveis", salienta Bruno.
Ao incorporar tecnologias mais eficientes, os frigoríficos podem não apenas aumentar sua capacidade de produção, mas também conquistar mercados mais exigentes, que demandam produtos de alta qualidade e com compromisso ambiental. Além disso, ao alinhar-se com práticas sustentáveis, as empresas do setor estarão mais preparadas para enfrentar os desafios impostos pelas políticas ambientais e pelos consumidores conscientes, que cada vez mais buscam por produtos com menor impacto ecológico.
"O futuro do setor de frigoríficos no Brasil está diretamente ligado à capacidade da indústria de se modernizar e adotar práticas que respeitem o meio ambiente, garantindo um crescimento sustentável para as próximas décadas", finaliza Bruno Abreu.

TAGS: Pecuária - exportações




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