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Pecuária 28-04-2021 | 9:43:00

Após recuperação em março, mercado do leite fica estável em abril

Cenário foi apresentado em reunião do Conseleite-PR. Aumento dos custos de produção preocupa o setor produtivo


Por: FAEP (Federa


Em março, a alta foi generalizada. O leite UHT, por exemplo, teve valorização de 7,25% e o spot, de 9,68%. Nos queijos, o muçarela – principal produto do mix de comercialização – veio em alta de 1,53%, enquanto prato, parmesão e provolone também ganharam preço: 2,38% 2,51% e 0,82%, respectivamente. Outros derivados, como bebida láctea, iogurte e doce de leite também registraram movimento de alta. A exceção foi o leite em pó, cujos preços recuaram. Na parcial de abril – principalmente ao longo da última semana –, o movimento perdeu força e o mercado lácteo entrou em tendência de estabilidade. Um exemplo disso são os preços do leite pasteurizado, que avançaram 0,70%. O muçarela foi a exceção positiva, que manteve uma nova alta. O UHT, por sua vez, perdeu parte da valorização, em razão de as indústrias terem aumentado a produção deste derivado em abril.  “O mercado se recuperou em março, mas agora, em abril, está andando de lado. A tendência é de estabilidade”, resumiu a professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Vânia Guimarães, uma das responsáveis pelo levantamento.
Conjuntura internacional

Além do cenário do leite no mercado interno paranaense, o Conseleite-PR trouxe informações sobre a conjuntura internacional. Enquanto commodities agrícolas, como soja e milho, acumulam altas acentuadas desde maio do ano passado, o setor lácteo teve variação bem menor e chegou a sofrer quedas nos dois primeiros meses de 2021. Na prática, isso significa que os custos de produção estão bastante elevados, o que vem comprometendo a renda do produtor.  “O leite vai na contramão do que acontece com as commoidites. É algo impressionante e que vem sendo agravado pelos recentes problemas climáticos ocorridos no Brasil e nos Estados Unidos, que provocou quebra de safra”, observou o professor José Roberto Canziani, também da UFPR.

Presidente do Conseleite-PR, Ronei Volpi, acrescentou que essa dinâmica preocupa o setor produtivo e que, em razão disso, os produtores devem ficar de olho no desenrolar deste cenário. “Isso incomoda o setor não é de hoje. É historicamente. Embora os preços nominais tenham aumentado, os custos de produção aumentaram ainda mais. É uma realidade que o setor tem que enfrentar com transparência, diálogo e união”, disse Volpi, que representa o Sistema FAEP/SENAR-PR no colegiado.

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