Opinião 14/03/2024

Abate de bovinos foi recorde em 2023 e deve crescer este ano

Habilitações de indústrias atende principalmente, a China

Há expectativas de que novas plantas sejam habilitadas no Brasil, para carnes bovina, suína e de frango

Fabiano Reis

O abate brasileiros de bovinos seguem em alta, com elevação na participação das fêmeas desde 2022, subida confirmada em 2023 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, nesta quinta-feira, dia 14/3, com um primeiro bimestre com grande parcela de vacas em idade reprodutiva indo para o gancho em Mato Grosso. Não posso deixar de comentar a habilitação para exportar carnes para a China de 38 plantas frigoríficas (de 44 que passaram por fiscalização), um fato marcante no ano que se completa 50 anos de relações comerciais entre Brasil e China. Entre as indústrias de carne bovina, 25 habilitadas, seis estão em Mato Grosso do Sul, estado que contou com o maior número de plantas aprovados. Entre elas, está uma das maiores do país, do Marfrig, em Bataguassu/MS e também a maior planta do mundo, em Campo Grande/MS, do JBS. Em seguida o estado de Mato Grosso, contou com cinco plantas avalizadas.
Chama a atenção que das 25 plantas frigoríficas de bovinos habilitadas, onze (11) são da JBS. Há expectativas de que novas plantas sejam habilitadas no Brasil, para carnes bovina, suína e de frango. Resultado do indiscutível bom relacionamento e afinidade dos dois países e, principalmente, a necessidade chinesa de pulverizar as compras e, com isso, ter uma oferta desconcentrada e estabilidade de preços (ou deveria escrever preços mais baixos).
Registrado meu entendimento sobre as habilitações, destaco agora os abates brasileiros. Eles foram altos em 2022, totalizaram 29,39 milhões de cabeças com uma participação, até então, histórica de fêmeas. Em 2023, de acordo com o IBGE, alcançou 34,06 milhões de cabeças, 13,7% maior que o ano anterior. O IMEA, Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, trouxe que em fevereiro de 2024 a participação de fêmeas foi de 56%. Os dados, os números, desde o último ano, confirmam que em 2025 o Brasil terá forte dificuldade em ofertar bezerros desmamados.

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