População urbana pode ajudar no controle de doenças em vegetais e animais
Algumas enfermidades em animais são de notificação obrigatória por qualquer cidadão.
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Influenza aviária
Notificações de suspeitas de influenza aviária são mais comuns. Qualquer situação como as descritas a seguir deve ser comunicada ao serviço oficial:
- Alta mortalidade em um lote de aves (maior ou igual a 10% em até 72 horas);
- Mortalidade excepcional (súbita e elevada) em aves de subsistência, de exposição, de ornamentação, de companhia ou silvestre;
- Sinais clínicos como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória; diarreia;
- Queda súbita igual ou maior a 10% na produção de ovos e aumento de ovos malformados; e
- Redução drástica dos índices zootécnicos.
Havendo identificação dos sinais mencionados ou alta mortalidade de aves, o cidadão deve notificar imediatamente a Unidade Veterinária Local do Serviço Veterinário Oficial mais próxima ou comunicar pelo e-Sisbravet.
Perdas de produção ocorrem, geralmente, em função de falhas no manejo e variações na temperatura, mas a partir da notificação, os órgãos responsáveis são obrigados a investigar. Até o momento, nenhuma suspeita da gripe aviária foi confirmada no Brasil.
A participação dos cidadãos no processo de notificação é muito importante. O ingresso e a disseminação de doenças como a febre aftosa, peste suína africana e influenza aviária levariam a perdas financeiras bastante elevadas, com custos aos produtores e ao país, atingindo toda uma cadeia produtiva, além de relevante custo social, por conta da perda de rendimento de inúmeros produtores, cuja atividade pecuária pode ser o único sustento de sua família.
Doenças em vegetais
No caso das plantas, segundo Mariana, moradores de áreas urbanas costumam eliminar plantas “que não pegam”, imaginando que houve alguma falha no cuidado, como falta ou excesso de água. Em novembro de 2022, a SFA-SP investigou uma suspeita de Sinoxylon anale, um besouro que vive em restos de plantas, na região de Piracicaba. A notificação foi feita por um pesquisador da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), amostras foram coletadas e o laudo ainda não foi finalizado.
Neste ano, no dia 9 de janeiro, mais um pedido de investigação chegou à representação do Mapa em São Paulo: o Instituto Biológico notificou sobre outro besouro, desta vez localizado em Porto Feliz. Mariana disse que a coleta oficial de amostra será feita nos próximos dias.
Na área vegetal, as pragas que mais preocupam a Defesa em São Paulo são a traça da videira (Lobésia botrana), a mosca da carambola e a fusariose da bananeira, todas ainda ausentes. “A recente expansão da banana ornamental preocupa porque a transmissão da fusariose se dá pelo solo”, explica Carolina de Araújo Reis, chefe do Sisv-SP.