Navios de petróleo correm risco de ficar à deriva no mar
Os navios-tanque carregados de petróleo correm o risco de ficar definhando no mar se as seguradoras não esclarecerem com urgência um plano inacabado do G7 e da União Europeia
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O Grupo dos Sete (G7), que inclui Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha e França, concordou em setembro em impor um preço baixo nas vendas de petróleo russo.
Autoridades dos EUA disseram que a medida, que deve começar em 5 de dezembro, visa permitir que continue fluindo, evitando um possível choque de preços depois que as proibições totais da UE foram ratificadas em junho.
As preocupações estão centradas em um cenário em que as seguradoras descobrem que o petróleo em trânsito no mar, que se acreditava ter sido vendido abaixo do preço máximo, na verdade foi vendido acima dele.
Isso desencadearia a retirada da cobertura do seguro, bem como a recusa dos compradores em aceitar a entrega, levando a dores de cabeça financeiras e logísticas e riscos ambientais.
Se o seguro fosse retirado no meio da viagem, compradores e comerciantes teriam que descobrir o que fazer com uma carga retida potencialmente exposta a sanções, complicando uma estratégia para privar a Rússia de fundos por sua invasão da Ucrânia.