Embrapa atualiza nota técnica sobre manejo da broca-das-axilas resistentes à soja-Bt
Levantamentos da Embrapa Soja mostram que populações resistentes de broca-das-axilas à proteÃna inseticida Cry1Ac, presente na soja-Bt, têm ocorrido, principalmente na região centro-norte do estado do Paraná e sul do estado de São Paulo, favorecidas pela ocorrência de veranicos em algumas regiões. As demais regiões produtoras de soja, especialmente aquelas que enfrentam tempo seco, podem registrar o problema.
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Veja o depoimento do pesquisador aqui: https://youtu.be/zraH4YURgAc
Bueno explica que apesar da preocupação de muitos produtores, a broca-das-axilas tem pequena capacidade de reduzir a produtividade da soja. “Em experimentos realizados durante as safras 2020/21 e 2021/22, a Embrapa Soja comparou a produtividade de plantas com sintomas do ataque com plantas sem qualquer sintoma de ataque em 13 diferentes lavouras no país. Apenas em uma das áreas avaliadas (Cristalina, GO), a produção observada em plantas com ataque foi menor quando comparadas a plantas sem ataque”, explica Bueno
Histórico - A primeira geração de soja-Bt aprovada no Brasil (Intacta RR2 Pro®) foi disponibilizada comercialmente aos agricultores em 2013 como uma tecnologia para o manejo de algumas lagartas alvo: lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), lagarta-da-maçã do algodoeiro (Chloridea virescens) e broca-das-axilas (Crocidosema aporema). Nas últimas safras, a Embrapa Soja vem acompanhando a ocorrência de populações de duas espécies de lagartas (Rachiplusia nu e Crocidosema aporema) resistentes à proteína inseticida Cry1Ac, expressa pela primeira geração de soja-Bt.
Além do monitoramento constante da área, a Embrapa Soja recomenda a adoção de área de refúgio estruturado no cultivo de soja - plantio de pelo menos 20% de soja não-Bt semeado em 800 m de distância de uma planta-Bt. “Em um cenário de alta adoção da tecnologia de soja-Bt e de baixa aderência da prática do refúgio estruturado aumenta-se consideravelmente a probabilidade de evolução da resistência nas espécies-alvo”, destaca Bueno.