Economia
18-11-2021 | 14:40:00
Por: Governo do Estado do Parana
Uma das principais atividades agrícolas do Paraná, fruticultura tem pouco impacto nos índices de inflação
Algumas das principais frutas produzidas e/ou consumidas, particularmente no Paraná, tiveram variação negativa. O desempenho do setor é analisado pelos técnicos do Deral no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária
Por: Governo do Estado do Parana
Esse é um dos assuntos analisados no Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária referente ao período de 12 a 18 de novembro. O documento é preparado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
A banana nanica/caturra, por exemplo, acumulou um índice nacional de 11,19% negativos em 12 meses. No Paraná, chegou a 32,21% negativos. Nacionalmente, a maçã também apresentou índice negativo, de 10,71%; no Paraná, foi de 13,65% negativos.
A uva teve uma pequena alta, de 3,09%, quando considerados os números nacionais, enquanto no Paraná a elevação foi de 1,11%. O mesmo ocorreu com a laranja-pera, com inflação positiva de 18,25% nacionalmente e de 26,20% no Estado.
CONSUMIDOR - O boletim de conjuntura agropecuária também analisa os preços médios nominais recebidos mensalmente pelos produtores paranaenses de frutas. No caso da banana nanica/caturra, houve redução de 23,9% entre novembro de 2020 e outubro de 2021. A uva fina de mesa apresentou queda de 2%, enquanto na laranja-pera e na maçã a variação foi positiva em 19,7% e 28,9%, respectivamente.
As Centrais de Abastecimento do Paraná (Ceasa) são referência em preço de comercialização dos produtos de pomares no atacado. No período analisado, os valores foram negativos para banana nanica/caturra, maçã e uva fina, na ordem de 23,8%, 35,6% e 11,3%. Na laranja-pera, os preços se mostraram 16,6% a maiores.
A mesma lógica foi verificada nos preços para o consumidor final. Banana nanica/caturra, maçã e uva fina apresentaram índices negativos de 33,7%, 41,7% e 19,4%. A laranja, por sua vez, acresceu em 30,3% os preços nas gôndolas. Essa elevação pode ser explicada também pela forte destinação agroindustrial para elaboração de sucos.
CAFÉ E FEIJÃO – O boletim faz um balanço da safra de café, cuja colheita encerrou-se em setembro, com previsão de 880 mil sacas beneficiadas de 60 quilos, e projeta a próxima, com potencial de produção severamente comprometido pela estiagem e geadas.
A redução de chuvas e o aumento de temperatura na primeira quinzena de novembro contribuíram para o avanço do plantio de feijão da primeira safra, que já ocupa 98% da área prevista. A análise de campo aponta 90% em boas condições, com o restante em situação mediana.
MANDIOCA E SOJA – O plantio e colheita da mandioca também são favorecidos pelas condições climáticas. Ambos os trabalhos estão se encaminhando para o final. Mesmo com a forte reação dos preços recebidos pelos produtores nas últimas semanas, a previsão é de redução em 10% na área para a safra 2021/22.
O plantio da soja também avançou e ocupa agora 95% da área prevista de 5,62 milhões de hectares. O desenvolvimento da cultura é bastante satisfatório, com 96% em boas condições e o restante, medianas. Com isso, mantém-se a estimativa de produção de 20,8 milhões de tonelada.
MILHO E TRIGO – A primeira safra de milho brasileira deve atingir 28,6 milhões de toneladas, alta de 15,7% se comparada com a anterior. O Paraná participa com 14,3% nesse total. A expectativa é que a produção estadual atinja 4,1 milhões de toneladas, 32% superior à safra 2020/21.
O boletim registra, ainda, que o Paraná importou, entre janeiro e outubro, 467 mil toneladas de trigo. O volume é 20% maior que o adquirido em todo 2020. É uma situação inversa à que se observa em âmbito nacional que, no mesmo período, importou 3% a menos, devido sobretudo à menor demanda dos parques moageiros baiano e cearense.
PECUÁRIA, AVICULTURA E OVOS – O documento preparado pelo Deral cita a primeira carga brasileira de produtos lácteos enviada para a China. O volume proveniente do Rio Grande do Sul foi pequeno, mas pode ajudar a abrir ainda mais as portas de um dos maiores mercados consumidores de lácteos. Os laticínios brasileiros começaram a ser habilitados em 2019 para o país asiático.
As exportações de carne de frango também foram registradas no boletim. Em outubro, o Brasil enviou 397,1 mil toneladas ao Exterior, superando em 24,2% o volume do mesmo período no ano passado. Para os ovos, os números foram ainda mais significativos. No mês passado, foram exportadas 819 toneladas, o que representa 150% a mais que outubro de 2020, quando foram embarcadas 328 toneladas.