Economia
28-04-2021 | 9:00:00
Por: Governo do Estado do Parana
No lançamento, Banco do Agricultor Paranaense formaliza primeiros financiamentos
Joice Kasiano, de Candói, viabilizou o empréstimo de R$ 28 mil para melhorar o rendimento da pequena propriedade leiteira. Dirigentes de entidades do setor agropecuário e de cooperativas ressaltaram a importância do novo programa para o desenvolvimento do Estado.
Por: Governo do Estado do Parana
Já a agricultora Lídia Pastore Michelon, de Maripá, no Oeste do Paraná, se enquadrou em uma das linhas oferecidas pelo banco para instalar placas fotovoltaicas na chácara e captar energia solar. O foco é diminuir os custos e ganhar competitividade com as produções de frango, peixe e morango. Terá taxa zero durante o financiamento. “Sou mulher, agricultora e mãe. Um programa como esse permite aumentar o engajamento das mulheres no campo”, disse. A proposta do Banco do Agricultor Paranaense, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior, é alavancar investimentos por meio da equalização de taxa de juros em diversas atividades agropecuárias, além de promover inovação tecnológica, sustentabilidade, geração de emprego e melhoria da competitividade do produto paranaense. Para isso, o Estado vai compensar o agricultor, por meio da Fomento Paraná, com o reembolso de até 3 pontos porcentuais do juro contratado junto às instituições financeiras que trabalham com crédito rural – neste primeiro momento estão credenciados o Banco do Brasil, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e cooperativas de crédito.
“Agora o agricultor do Paraná passa a contar com um banco especializado. É um dia de muita alegria porque conseguimos fortalecer o agronegócio paranaense, especialmente aquelas micro e pequenas propriedades, aliando o desenvolvimento econômico ao desenvolvimento social. O Banco do Agricultor Paranaense vai impulsionar ainda mais o que o Estado já faz muito bem”, destacou Ratinho Junior. Ele ressaltou que, dependendo do enquadramento dentro do programa e das condições do empréstimo, o financiamento será a juro zero para o agricultor, com os encargos ficando sob responsabilidade do Governo. Há, ainda, carência mínima para o pagamento da primeira prestação, variável de acordo com cada linha de crédito. “É algo inovador”, disse.
De acordo com a lei aprovada pela Assembleia Legislativa, a subvenção está autorizada para cooperativas e associações de produção, comercialização e reciclagem, e a agroindústrias familiares, além de projetos que utilizem fontes renováveis de geração de energia ou destinados à irrigação, entre outros. O financiamento será operado no âmbito do Programa Paraná Mais Empregos. “Esse programa é um compromisso de campanha, assumido ainda em 2018. Um movimento a favor do que fazemos de melhor do Paraná, com o Estado atuando para baratear custos”, explicou Norberto Ortigara, secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, pasta responsável pela execução do projeto.
LIDERANÇAS – A iniciativa do Governo do Estado de viabilizar investimentos com o subsídio de juros recebeu apoio e respaldo do setor produtivo paranaense. Presidente do Sistema FAEP – Federação da Agricultura do Paraná, Ágide Meneguette lembrou que o projeto era um pedido antigo dos produtores. “Algo que vai resultar em mais empregos, renda e sustentabilidade em todo o Paraná”, afirmou. “O programa vai transformar a vida no campo”, completou o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep), Marcos Brambilla.
Presidente do Conselho de Administração da Cocamar, Luís Lourenço ressaltou que a medida terá impacto direto na melhoria da qualidade de vida na região do Arenito Caiuá, área composta por 107 municípios que convivem com problemas de solo e irrigação. “É mais riqueza e renda para uma extensão importante do Paraná”, disse. Uma das linhas oferecidas, lembrou ele, é justamente para projetos de irrigação, com subvenção para financiamento de até R$ 850 mil. Nesse caso, os agricultores familiares, de forma geral, e os médios e grandes produtores da região poderão equalizar até 3% de taxas de juros ao ano. Para médios e grandes produtores até 2%. Serão beneficiados projetos para a produção de grãos, pastagens, forragens, mandioca, café, frutícolas, flores e olerícolas.
SUSTENTÁVEL – Para o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, o banco ganha ainda mais importância por incentivar a adoção de medidas sustentáveis, como a produção de energia limpa. O grupo representa 216 cooperativas paranaenses. “A avaliação é muito positiva, especialmente porque a questão ambiental pesa muito. Temos necessidade de gerar energia. Hoje não temos energia suficiente para todos”, ressaltou. O projeto prevê, também, subvenção para operações em obras civis, aquisição de materiais e equipamentos e na elaboração de projetos de geração de energia a partir de fontes renováveis. Se enquadram ações do modelo solar fotovoltaica e biomassa, com prioridade para projetos relacionados à Geração Distribuída ou Geração Isolada.
Serão passíveis do benefício valores financiados de até R$ 500 mil para energia solar fotovoltaica e de até R$ 1,5 milhão em biomassa. A equalização é de 3%. O decreto estipula que, de forma excepcional, programas de apoio à irrigação e de fomento ao uso de fontes de energia alternativas no âmbito do Banco do Agricultor Paranaense terão equalização integral das taxas de juros em contratações efetivadas até 31 de dezembro de 2022.
COMO ACESSAR – Para acessar o programa, basta o agricultor ou empresário buscar o banco conveniado com a Fomento Paraná e acertar as condições do investimento. Maiores informações estão disponíveis no SITE OFICIAL do programa.
PRESENÇAS – Participaram da cerimônia de lançamento do Banco do Agricultor Paranaense o vice-governador Darci Piana; os secretários Guto Silva (Casa Civil), Valdemar Bernardo Jorge (Planejamento e Projetos Estruturantes), Marcel Micheletto (Administração e Previdência) e Beto Preto (Saúde); os deputados estaduais Luiz Cláudio Romanelli, Anibelli Neto, Cobra Repórter, Ricardo Arruda e Soldado Adriano José; o diretor de operações e vice-presidente do Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Wilson Bley Lipski; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Natalino Avance de Souza; o diretor do Departamento de Economia Rural da Seab, Salatiel Turra; o presidente da Cooperativa Agroindustrial de Produtores de Cogumelos de Tijucas do Sul, Sérgio de Oliveira Brito; a coordenadora regional do Paraná da Associação Brasileira de Energia Solar Voltaica, Liciany Ribeiro; e os prefeitos Rodrigo Schanoski (Maripá), Thiago Epifanio da Silva (Ariranha do Ivaí), Claudemir Valerio (Nova Santa Bárbara) e Alex Sandro Domingues (Conselheiro Mairinck).