Importações brasileiras caem em 2023, mas agro mostra força

Mas as consultorias privadas estimam números mais elevados. E está aí a causa grande preocupação. Mas há dados positivos que precisam ser destacados e precisam ser mantidos em foco, porque o agro é o setor mais importante da economia brasileira.

Porque saíram também os números das exportações, divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Com eles dá para gente fazer algumas análises. Números arredondados para facilitar a compreensão: as exportações totais chegaram a 340 bilhões de toneladas no ano passado e o agronegócio exportou 167 bilhões desse total. Ou seja, 167 bilhões, quase a metade, saíram do campo.

A força do campo está aí para fazer deste país um grande celeiro mundial. Houve um crescimento de 5 bilhões de dólares no âmbito geral das exportações, mas do agronegócio foram 8 bilhões de dólares no ano passado.

As importações caíram e isso não é um bom dado, porque um país que não importa pode estar tendo retração na sua capacidade de crescimento. De 273 bilhões em 2022, as importações caíram para 241 bilhões no ano passado. O agronegócio reduziu de 17 para 15 bilhões entre 2022 e 2023, mas os outros setores reduziram 30 bilhões de dólares na sua capacidade e força para importar. O agronegócio continua bem na fita aí também.

Entre os produtos exportados estão soja, açúcar e produtos florestais. E olha os números do café, que também sairam pelo Conselho Nacional do Cafe nesta semana. Foram exportados 39.2 milhões de sacas de 60kg. Esse numero é instável em comparação a 2022, mas a receita cambial não. Houve uma queda para 8 bilhoes (13%). E esse dado é realmente preocupante em relação ao café. O C-Café estima que o Brasil teve muitos problemas em logistica e embarque para improtações nos portos. Houve 72% de problemas em embarques, atrasos no trasporte até os portos, problemas para carregamento dos navios, transbordos entre embarcadores e portos e, o pior, a saída os portos aqui no Brasil também é bem complicada.

Nos temos números positivos do agronegócio muito fortes, mas temos problemas também. Entre os principais clientes do café, nos temos EUA, Alemanha, Italia e o Japão.

Que o café se recupere nessa safra agora em 2024 e que possa junto com o agronegócio continuar sendo a principal força econômica do Brasil.

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