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Economia 10-01-2024 | 20:28:00

Crédito adicional do Plano Safra provém de títulos do agro, afirma economista

Segundo o economista Antônio da Luz, o Plano Safra 23/24 só não está travado por causa desses recursos, que sequer deveriam compor o anúncio do governo


Por: Da reda


Porém, segundo o economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio Da Luz, é preciso lembrar que a maior parte dos recursos anunciados pelo governo, especialmente para os produtores empresariais, provém de títulos de crédito do agronegócio – e não do caixa federal. Exemplo está no balanço divulgado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com a soma do crédito tomado para financiamento da safra 2023/2024 de julho a dezembro.
Dos R$ 249 bilhões tomados por pequenos, médios e grandes no período, R$ 214 milhões ficou com a agricultura empresarial, 48% dos quais são provenientes de fonte não controlada de recursos. Isso quer dizer, na prática, que R$ 102,6 bilhões do montante financiado provêm de títulos do agronegócio, como Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre) e Cédula de Produto Rural (CPR). “Os recursos livres são livres. Os bancos captam através de CPR e LCA e emprestam quanto desejarem (sem limite por tomador), ao juros que se estabelecer, em livre relação entre produtor e agente financeiro”, destaca Da Luz.

De acordo com o Mapa, a participação dos recursos livres equalizáveis, nessa safra, até agora, teve um aumento de 372% em relação a igual período do ciclo anterior, que atingiu R$ 12 bilhões. De acordo com o Mapa, em nota oficial, o número sinaliza uma maior utilização dessa fonte, “colocada à disposição para equalização”. “O Plano Safra só não está travado por causa dos recursos livres, que sequer deveriam compor o anúncio do governo”, conclui Da Luz.

TAGS: Plano Safra




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