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Cursos 21-03-2022 | 11:43:00

Reunião de benchmarking do FIP destaca força feminina em MG

A reunião de benchmarking foi realizada na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Campina Verde


Por: CNA - Confedera


O supervisor do FIP Paisagens, Carlos Roberto Pereira Filho, destacou que os produtores estão satisfeitos com o projeto e buscando fazer as ações e melhorias indicadas, como a recuperação da pastagem e produção de volumoso para o período de seca. De acordo com ele, mesmo sendo pequenos produtores, a maioria de assentamento, eles têm conseguido avançar, dentro das possibilidades financeiras de cada um.
Na opinião do supervisor, o trabalho de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) tem sido essencial para o incremento das atividades. “Na reunião, muitos relataram que faziam algo, mas várias vezes era de maneira errada, pois não possuíam conhecimento suficiente ou não sabiam como fazer. E a presença do técnico é fundamental para o crescimento e sucesso da atividade. Somado a isso, ficou muito claro também a importância dos cursos de Formação Profissional Rural para levar mais conhecimento aos produtores e aumentar a efetividade das ações dos técnicos”, completou. 

O técnico de campo Tarcísio Sousa comentou que a assistência também trouxe impactos positivos na vida social dos produtores. “Quando a gente consegue melhorar a produção, aumenta a renda e isso vai influenciar na vida social e financeira deste produtor. Outro aspecto importante é a capacitação, por meio dos cursos do Sistema FAEMG, que ajuda a alavancar a produção dos assistidos nesta região”, ressaltou. Inclusive, segundo o técnico, os produtores já pedem a prorrogação do projeto, após os dois anos.

A reunião de benchmarking foi realizada na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Campina Verde, na última quinta-feira (10), e também contou com a presença do gerente regional do Sistema FAEMG em Uberaba, Caio Oliveira. 
Força feminina no campo

A técnica de campo Carolina Pilar Dias destacou que as mulheres representam 48% do seu grupo. Uma delas é Eleuza Ferreira de Oliveira Silva, que investe na pecuária de corte. “Ela relatou na reunião que a participação no projeto agilizou a aprovação do seu financiamento do PRONAF, que permitiu a aquisição de animais”, explicou a técnica. De acordo com ela, a produtora também investiu na reforma de pastagem e em capineira, e tem a intenção de recuperar mais área. 

Eleuza destacou que o trabalho da técnica incentivou a retomada da atividade. “Já somos aposentados. O empenho e esforço da Pilar, e também do Tarcísio, que sempre está disposto a nos ajudar, contribuíram pra gente se reerguer. Os técnicos são como membros da família”, afirmou.  
No grupo do técnico Tarcísio Sousa, das 29 propriedades assistidas, 19 contam com a participação feminina, sendo que em sete as mulheres estão à frente da atividade. Maria das Dores Boanerges foi uma das produtoras que deram um depoimento na reunião. Produtora de leite junto com o marido Valter da Silva Freitas, ela contou aos participantes a importância do projeto FIP Paisagens na sua produção.

“Trouxe muitos benefícios, está sendo muito bom e queremos que a assistência continue. A cada dia, aprendemos mais e estamos mudando de vida”, ressaltou. O técnico destacou que o casal está utilizando a palma forrageira na alimentação das vacas leiteiras e tem obtido bons resultados. “Eles tinham alguns pés para ornamentação. Mostrei como usar a palma forrageira na alimentação e, após uma semana, a produção de leite aumentou em 50 litros. Depois disso, eles já plantaram mais palma e querem fazer cursos sobre o tema. Neste primeiro ano de assistência, eles saíram de uma produção diária de 70 litros para 150 litros de leite, em média”, finalizou.

O projeto
O Projeto Gestão Integrada da Paisagem no Bioma Cerrado – FIP Paisagens Rurais é financiado com recursos do Programa de Investimento Florestal, através do Banco Mundial. A coordenação é do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do MAPA, com parceria da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do MCTIC, por meio do Inpe e da Embrapa.



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