Commodities 16/01/2024

CBOT sente novas projeções da Índia e dólar forte. Trigo e milho fecham em queda

Apenas a soja fechou com uma pequena valorização de 3 cents por bushel, subindo 0,25% na variação diária num dia em que valorização do dólar e fatores internacionais inflluenciaram fortemente o mercado de commodities

O trigo encerrou o pregão desta terça-feira com uma queda de 14 cents por bushel

Rodrigo Trage

Apesar do esmagamento de soja bater recorde nos EUA, futuros da soja na bolsa de Chicago encerraram o pregão com uma pequena valorização de 3 cents por bushel, subind0 0,25% na variação diária. Já o trigo e o milho não tiveram a mesma sorte. Fatores internacionais impactaram as cotações de trigo em Chicago, projeções de safra da Índia indicam que pode haver um recorde na produção, estimada atualmente em 114MT. Se associarmos essa projeção a um dia de um dólar mais forte, o resultado dessa equação é um dos maiores produtores globais se tornando altamente competitivo.

Sendo assim o trigo encerrou o pregão com uma queda de 14 cents por bushel (-2,35%) e puxou o milho na carona, sendo a queda desse mais singela, apenas 3 cents por bushel (-0,78%).

Para as commodities não agrícolas, tivemos um dia de queda de -0,57% para o petróleo WTI e uma alta de +1,55% para o minério de ferro que se recupera das recentes quedas.

No Brasil, Milho na bolsa fechou em alta de +0,62% cotado a 66,88, uma singela recuperação após cair 6 pregões consecutivos.

Nesta terça-feira, às 10h30min, tivemos o discurso do Waller, que é membro vontade do FED, em seu discurso ele fez comentários que desagradaram o mercado que anseia por falar que confirmem cortes na taxa de juros dos EUA. Após a sua fala de que ainda não há fatores fortes o suficiente para justificar a antecipação dos cortes. Isso deixou o mercado de mal humor e vimos as bolsas cair ao redor do mundo.

Em suma Europa fechou com queda de -0,22% no Euro Stox 50, enquanto nos EUA o SP 500 se encaminha para o fechamento com uma queda de -0,50% e a NASDAQ, principal índice acionário do setor de tecnologia, cai -0,33%. E no Brasil temos uma queda intensa de -1.60% para o nosso índice IBOVESPA.

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