Commodities 05/04/2024

Bolsas americanas retomam a confiança e fecham semana em alta

A queda vista na quinta-feira, 04/04, também tem relação com a fala de membros do FOMC, que demonstram uma maior propensão a mudar o início do corte de juros apenas em 2025

Para as commodities na Bolsa de Chicago o pregão foi majoritariamente altista nesta sexta-feira, 05/04

Rodrigo Trage

Após a publicação nesta sexta-feira dos dados de emprego nos EUA, as bolsas por lá engataram um ritmo de recuperação ante a queda vista ontem. Mesmo com dados mais fortes - taxa de desemprego menor e mais vagas e empregos criadas - mostrando que a inflação deve ter mais dificuldades para ceder, o mercado decidiu que valia a pena o risco. A queda vista ontem também tem relação com a fala de membros do FOMC, que demonstram uma maior propensão a mudar o início do corte de juros apenas em 2025. SP 500 subiu +1,11% e a NASDAQ subiu +1,26%. Hoje o dólar se fortalece contra as moedas de primeiro mundo e contra as divisas de países emergentes. Europa fechou em queda ainda repercutindo o movimento baixista visto no mundo ontem, após o seu fechamento. O mesmo aconteceu com as bolsas Asiáticas.
Para as commodities na CBOT o pregão foi majoritariamente altista. Frente a nova onda de tensões no oriente médio e possível escalada do conflito com a possibilidade de o Irã entrar de forma direta na guerra entre Israel e o Hamas, o petróleo subiu +4,23% na semana. Esse movimento auxiliou na escalada dos demais óleos, como o óleo de palma +3,55% na variação semanal e o óleo de soja com +1,96%. Com isso o derivado da soja evitou uma queda mais intensa no grão (-0,55% na semana), fechando novamente acima do patamar de $11,80/bu.
Em meio a incertezas o trigo também se valorizou, acumulando uma alta de +1,98% no dia de hoje. Novamente a Rússia volta ao radar, com atrasos em seus embarques, porém ouso dizer que esse fator altista deve ser passageiro e devemos voltar a ver queda para os futuros de trigo devido as condições para o trigo americano.
Mesmo com a alta da soja e do trigo, o milho na CBOT não conseguiu se firmar na alta e acabou encerrando o dia com uma queda de -0,23%. O mercado está de olho na evolução do plantio, frente a um clima mais favorável para a semeadura e posteriormente o desenvolvimento da planta. Na B3 o milho também fechou em queda, -0,67% para o contrato maio.

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