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15-05-2020 | 0:00:00
Alimentação no centro do combate ao Covid-19
* por José Eduardo Mendes de Camargo
Um estudo publicado recentemente pelo EAT-Lancet, liderado cientistas dos campos da saúde, nutrição, agricultura e meio ambiente, destaca a importância das nozes e castanhas para a ampliação da imunidade, destacando-os como substâncias fundamentais para a manutenção da saúde. E esses benefícios devem ser considerados pela população em geral especialmente agora, no contexto da pandemia provocada pelo Covid-19.
Ricos em Zinco e proteínas vegetais, as castanhas e as nozes auxiliam no desenvolvimento e na diferenciação das células do sistema imunológico e anticorpos, desempenhando um papel fundamental para que o organismo possa se proteger de diversas doenças, mantendo-se ou sendo menos agredido por organismos estranhos e prejudiciais.
De acordo com o estudo do EAT-Lancet, elaborada com vistas a sugerir caminhos para que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU fossem possíveis, é necessário estimular a redução em mais de 50% de alimentos não saudáveis - incluindo carne vermelha, adoçantes artificiais e grãos refinados -e ampliando em mais que o dobro o consumo de alimentos saudáveis - a exemplo de nozes, castanhas, frutas, vegetais e legumes, o que exigirá mudanças dos padrões atuais de produção de alimentos.
Além de favorecer a saúde da população mundial num momento muito delicado, a ampliação do consumo de nozes e castanhas favorece um setor importante do agronegócio brasileiro, de um segmento extremamente representativo para a geração e recuperação da economia. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, em 2017 o setor representou mais de 44% do PIB brasileiro.
O Brasil tem, capacidade e potencial para se tornar um dos principais produtores do mundo de nozes e castanhas, uma cultura relevante, distribuidora de rendas, bastante versátil e representativa de benefícios à saúde e ao meio ambiente. Estimular o consumo de castanhas e nozes é fator crucial para a manutenção da saúde física e econômica não apenas da nação brasileira, mas de todo o mundo.
* José Eduardo Mendes de Camargo, é presidente da Associação Brasileira de Nozes e Castanhas (ABNC) e diretor do Departamento de Agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).