Defesa agropecuária 28-06-2025 | 7:15:00

Vazio sanitário da soja já está em vigor em Goiás e proíbe plantas vivas no campo

Medida é aplicada até 24 de setembro para prevenir a ferrugem asiática e garantir a sanidade das lavouras

Por: Redação RuralNews

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) reforça que o cumprimento da medida é essencial para garantir a produtividade e competitividade da soja goiana. “O vazio sanitário é uma etapa estratégica no controle da ferrugem. O produtor goiano entende sua importância e é parceiro na manutenção da sanidade vegetal”, afirma o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos.
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O gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Leonardo Macedo, destaca que a medida é respaldada por estudos técnicos e pela experiência prática no campo. “Ao eliminar as plantas voluntárias, interrompemos o ciclo do fungo causador da doença. Isso reduz a necessidade de aplicações de defensivos e protege a rentabilidade do produtor”, explica.
Medida em vigor desde 27 de junho em Goiás proíbe presença de plantas vivas de soja para combater a ferrugem asiática. Foto: CNA/divulgação


O coordenador Mário Sérgio de Oliveira complementa que o papel da Agrodefesa vai além da fiscalização. “Estamos levando informação por meio da educação sanitária, com apoio aos produtores, técnicos e entidades do setor para garantir o cumprimento da norma”, afirma.

Goiás ocupa hoje a terceira posição entre os maiores produtores de soja do Brasil. Segundo o 11º Levantamento da Conab, a safra 2024/2025 deve alcançar 20,4 milhões de toneladas, cultivadas em 4,95 milhões de hectares, com produtividade média de 4,12 toneladas por hectare.

De acordo com a Instrução Normativa nº 06/2024 da Agrodefesa, o plantio só poderá ser iniciado a partir de 25 de setembro. A data limite para a semeadura é 2 de janeiro de 2026, e o cadastro das lavouras deve ser feito até 17 de janeiro no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago).

A ferrugem asiática, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, pode provocar perdas superiores a 70% da produção quando não controlada. Os esporos se espalham com facilidade pelo vento, tornando essencial a eliminação de plantas vivas no período do vazio sanitário. A prevenção evita desfolha precoce, mantém a produtividade e reduz os custos com fungicidas.

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Texto publicado originalmente em Notícias
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