Terraços reduzem perda de água no solo na produção de grãos
Estudo realizado em Guarapuava mostra que práticas conservacionistas podem diminuir em até 78% as perdas hídricas
Por: Redação RuralNews
De acordo com os pesquisadores, a adoção dessa prática conservacionista diminuiu em até 78% as perdas hídricas quando comparada a sistemas sem terraços. Além disso, os resultados indicam maior infiltração de água no solo e melhor disponibilidade hídrica para as culturas.
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A equipe de pesquisa avaliou três áreas distintas, chamadas de megaparcelas. A primeira não utilizava terraços e seguia o manejo convencional da região. A segunda adotava boas práticas recomendadas pelos pesquisadores. Já a terceira contava com terraços de base larga, voltados ao controle do escoamento superficial.
Nessas áreas, os pesquisadores cultivaram milho, soja, trigo, aveia, centeio e cevada. Além disso, o estudo analisou uma bacia hidrográfica de 119 hectares, onde 90% da área utilizava o Sistema de Plantio Direto na Palha, porém sem terraços.
De acordo com o coordenador do estudo, professor Cristiano André Pott, as diferenças entre os sistemas ficaram mais evidentes durante períodos de chuva intensa. Nessas condições, as áreas sem terraços registraram erosões severas e maior perda de água e sedimentos.
Por outro lado, as áreas com terraços responderam melhor ao excesso de chuva. O sistema reduziu o escoamento superficial e manteve o solo mais úmido por mais tempo, favorecendo o desenvolvimento das culturas.
Os pesquisadores observaram que apenas o uso do Plantio Direto não foi suficiente para conter perdas hídricas em eventos extremos. Nas áreas sem terraços, surgiram sulcos de erosão e prejuízos à estrutura do solo.
Já o uso combinado de práticas vegetativas e mecânicas melhorou atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Segundo Pott, a água retida passa a ser aproveitada também por micro-organismos, o que contribui para a saúde do sistema produtivo.
Na bacia hidrográfica analisada, a equipe estimou perdas de nutrientes avaliadas em R$ 385,70 por hectare, considerando valores de 2023. O cálculo incluiu fertilizantes como ureia, superfosfato triplo, cloreto de potássio e calcário dolomítico.
Para os pesquisadores, integrar práticas como o terraceamento é essencial para tornar os sistemas agrícolas mais resilientes. A estratégia ajuda a preservar a capacidade produtiva do solo, protege os recursos hídricos e contribui para a sustentabilidade da agricultura a longo prazo.
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Texto publicado originalmente em Destaques
Áreas comparadas e metodologia
Localização da área de estudo e instalação das megaparcelas. Foto: Sistema FAEP / Divulgação
A equipe de pesquisa avaliou três áreas distintas, chamadas de megaparcelas. A primeira não utilizava terraços e seguia o manejo convencional da região. A segunda adotava boas práticas recomendadas pelos pesquisadores. Já a terceira contava com terraços de base larga, voltados ao controle do escoamento superficial.
Nessas áreas, os pesquisadores cultivaram milho, soja, trigo, aveia, centeio e cevada. Além disso, o estudo analisou uma bacia hidrográfica de 119 hectares, onde 90% da área utilizava o Sistema de Plantio Direto na Palha, porém sem terraços.
Resultados em eventos de chuva intensa
De acordo com o coordenador do estudo, professor Cristiano André Pott, as diferenças entre os sistemas ficaram mais evidentes durante períodos de chuva intensa. Nessas condições, as áreas sem terraços registraram erosões severas e maior perda de água e sedimentos.
Por outro lado, as áreas com terraços responderam melhor ao excesso de chuva. O sistema reduziu o escoamento superficial e manteve o solo mais úmido por mais tempo, favorecendo o desenvolvimento das culturas.
Impactos no solo e na produtividade
Os pesquisadores observaram que apenas o uso do Plantio Direto não foi suficiente para conter perdas hídricas em eventos extremos. Nas áreas sem terraços, surgiram sulcos de erosão e prejuízos à estrutura do solo.
Já o uso combinado de práticas vegetativas e mecânicas melhorou atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Segundo Pott, a água retida passa a ser aproveitada também por micro-organismos, o que contribui para a saúde do sistema produtivo.
Prejuízos econômicos e conservação
Na bacia hidrográfica analisada, a equipe estimou perdas de nutrientes avaliadas em R$ 385,70 por hectare, considerando valores de 2023. O cálculo incluiu fertilizantes como ureia, superfosfato triplo, cloreto de potássio e calcário dolomítico.
Para os pesquisadores, integrar práticas como o terraceamento é essencial para tornar os sistemas agrícolas mais resilientes. A estratégia ajuda a preservar a capacidade produtiva do solo, protege os recursos hídricos e contribui para a sustentabilidade da agricultura a longo prazo.
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Terraços - Perda de água - Solo
- Produção de grãos
- Perdas hídricas - Práticas conservacionistas -
Texto publicado originalmente em Destaques
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