Soja volta a subir na Bolsa de Chicago com expectativa por avanço entre China e EUA

O mercado segue influenciado pela expectativa de avanço nas negociações comerciais entre China e Estados Unidos. Esse avanço pode retomar as operações com produtos agrícolas entre os dois países. Até o momento, a China esteve ausente das compras nesta temporada, gerando preocupação entre os produtores norte-americanos. Por isso, o governo dos EUA estuda um pacote de US$ 15 bilhões para apoiar o setor.
Além das questões comerciais, os preços refletem o avanço da colheita norte-americana. Não há dados oficiais devido ao shutdown do governo. Entretanto, consultorias privadas estimam que 39% da safra dos Estados Unidos já foi colhida, contra 44% no mesmo período do ano passado e 38% de média histórica.

Outro fator que influencia o mercado é o ritmo acelerado do plantio da nova safra brasileira, que ocorre mais cedo do que em anos anteriores.

No Brasil, as exportações de soja somaram 7,34 milhões de toneladas em setembro, segundo dados da Secex, superando as 6,11 milhões embarcadas em setembro de 2024. No acumulado da temporada, iniciada em fevereiro, o país já exportou 92,7 milhões de toneladas, frente a 87,7 milhões no mesmo intervalo do ciclo passado.

Os prêmios nos portos brasileiros variam entre 165 e 180 pontos no mercado spot e entre 175 e 190 pontos para novembro. Já as indicações de compra no oeste do Paraná ficam entre R$ 130 e R$ 132 por saca, enquanto em Paranaguá giram entre R$ 138 e R$ 140, dependendo do prazo de pagamento e das condições de embarque.
Texto publicado originalmente em Notícias